ONU e países condenam plano e pedem que Israel pare imediatamente.
O gabinete de segurança de Israel aprovou, nesta sexta-feira (08), o plano do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para ocupar a Cidade de Gaza, com previsão de envio de ajuda humanitária. A decisão foi tomada porque a maioria dos ministros avaliou que o plano alternativo não garantiria a derrota do grupo terrorista Hamas nem o retorno dos reféns.
Também foram definidos cinco princípios para encerrar a guerra, entre eles o desarmamento do Hamas, a desmilitarização da Faixa de Gaza e a criação de um governo civil sem ligação com a Autoridade Palestina. Netanyahu afirmou que não pretende anexar o território.
O governo israelense de Benjamin Netanyahu recebeu críticas pelo novo plano de tomar o controle de toda a Faixa de Gaza. O governo do Reino Unido chamou a expansão da ofensiva israelense de “errada” e pediu para que Israel reconsidere imediatamente a decisão. A China expressou “profunda preocupação”, e a Turquia condenou fortemente a decisão e disse que Israel precisa interromper seus planos de guerra, e aceitar um cessar-fogo e negociar a Solução de Dois Estados.
O chefe de Direitos Humanos da ONU, Volker Turk, afirmou que o novo plano de Israel causará mais mortes e sofrimento, e precisa ser “imediatamente interrompido”. O governo da Alemanha disse que a decisão de Netanyahu aumenta o pessimismo pelo fim do conflito e que, por isso, desautorizará quaisquer exportações de equipamento militares a Israel até novo aviso. O comunicado alemão, no entanto, reiterou o direito israelense de se defender contra o Hamas.