O que ele falar vai ter um peso fundamental para a investigação afirmou o delegado Antônio Silvino, titular da 66ª DP (Piabetá).
O irmão do menino o menino Douglas Enzo Maia dos Santos Marinho, que foi morto na sua festa de aniversário de 4 anos, no último domingo, em Piabetá, Magé, na Baixada Fluminense, vai ser ouvido pela polícia nos próximos dias. O menino, de 6 anos, será acompanhado por um psicólogo, durante seu depoimento. A criança contou à família que viu quando Pedro Vinícius de Souza Pevidor, de 21 anos, ao se dirigir para o portão da casa, colocou a mão para trás, segurando um revólver, e efetuou o disparo que matou Enzo.
Ele vai ser ouvido acompanhado por um psicólogo ou por alguém do Conselho Tutelar. Ou pelos dois. O que ele falar vai ter um peso fundamental para a investigação afirmou o delegado Antônio Silvino, titular da 66ª DP (Piabetá).
O pai de Enzo, Douglas Marinho, também já foi ouvido. Na família do menino, ninguém conhecia Pedro Vinícius, que chegou à festa acompanhado de um convidado, que também prestou depoimento à polícia.
O laudo preliminar do Instituto Médico-Legal (IML) confirma que o projétil perfurou pulmão, rins e fígado da criança. Para a família, a versão de que Pedro Vinícius disparou acidentalmente a arma, quando o garoto teria tentado desarmá-lo como o suspeito alegou informalmente ao ser autuado em flagrante, na 60ª DP (Campos Elíseos) é fantasiosa.
Segundo contou à polícia, ao escutar o barulho de tiros, Douglas foi ver o que ocorria e já encontrou o filho baleado nos braços de Pedro Vinícius. Foi Douglas quem conseguiu pegar a arma usada no crime e que, em seguida, chamou a polícia. Pedro Vinicius trabalhava como técnico de telefonia em uma loja de conserto de celulares.
O Exército Brasileiro confirmou que Pedro prestou serviço militar como soldado. Ele ingressou na tropa em março de 2018 e deu baixa em fevereiro de 2020. Como usava uma arma raspada, Pedro foi autuado em flagrante por homicídio culposo (quando não há intenção) e porte ilegal de arma. Nesta quarta, ele teve a prisão temporária convertida para preventiva durante uma audiência de custódia.
Caso seja condenado pelo segundo delito, estará sujeito a uma pena de até seis anos de prisão. Se no decorrer das investigações ficar provado que o disparo não foi mesmo acidental, o suspeito passará a responder por homicídio doloso (quando há intenção), que prevê pena, em caso de condenação, de até 30 anos de prisão.
Fonte: Jornal Extra