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Imagens são quebradas em terreiro de candomblé em Niterói

Hughes lembrou que, desde 2011, Candomblé e Umbanda são patrimônios cultuais e imateriais de Niterói.

Imagens de orixás pertencentes a um centro de candomblé localizado no bairro Fonseca, em Niterói, foram depredadas. O caso, registrado na 78ª DP como crime de intolerância religiosa, ocorreu no terreiro Ile Axé Oya Onira  que em iorubá significa Casa de Iansã de Tânia Rodrigues, conhecida como Mãe Tânia de Oya. A religiosa foi informada do ato de vandalismo por um amigo que passava em frente ao local e percebeu os cacos espalhados no chão.

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Cinco imagens foram destruídas e apenas uma foi poupada, a que simboliza a figura de Iemanjá. Não houve invasão do local, pois todas as estatuetas estavam expostas no muro do lado de fora do terreiro e, de acordo com Tânia, a perícia não constatou sinais de tentativa de arrombamento na propriedade.

Há cerca de 20 anos no comando da casa religiosa, foi a primeira vez que a proprietária do terreiro se deparou com tal situação:

Nunca recebi ameaça alguma. Essa casa foi herança de meus pais e a vizinhança a frequenta. Nós não fazemos encontros muito tarde para não incomodar ninguém. Em frente já funcionou uma igreja evangélica e sempre tivemos uma boa convivência, inclusive  explica Tânia que não tem suspeitos do crime. Eu não sei se foi uma ou mais pessoas, não faço ideia de quem seja a responsabilidade, porque nunca ninguém demonstrou estar incomodado com a presença do terreiro. Só quero ficar em paz exercendo minha fé.

O subsecretário da Coordenadoria de Defesa dos Direitos Difusos e Enfrentamento à Intolerância Religiosa de Niterói (Codir), Gilmar Hughes, afirma que o órgão acompanhou a abertura do boletim de ocorrência do caso e entrou em contato com o Centro de Promoção da Liberdade Religiosa do estado (Ceplir) para prestar apoio à vítima. Hughes lembrou que, desde 2011, Candomblé e Umbanda são patrimônios cultuais e imateriais de Niterói.

Fonte: Jornal Extra