Hughes lembrou que, desde 2011, Candomblé e Umbanda são patrimônios cultuais e imateriais de Niterói.
PUBLICIDADE
Cinco imagens foram destruídas e apenas uma foi poupada, a que simboliza a figura de Iemanjá. Não houve invasão do local, pois todas as estatuetas estavam expostas no muro do lado de fora do terreiro e, de acordo com Tânia, a perícia não constatou sinais de tentativa de arrombamento na propriedade.
Há cerca de 20 anos no comando da casa religiosa, foi a primeira vez que a proprietária do terreiro se deparou com tal situação:
Nunca recebi ameaça alguma. Essa casa foi herança de meus pais e a vizinhança a frequenta. Nós não fazemos encontros muito tarde para não incomodar ninguém. Em frente já funcionou uma igreja evangélica e sempre tivemos uma boa convivência, inclusive explica Tânia que não tem suspeitos do crime. Eu não sei se foi uma ou mais pessoas, não faço ideia de quem seja a responsabilidade, porque nunca ninguém demonstrou estar incomodado com a presença do terreiro. Só quero ficar em paz exercendo minha fé.
O subsecretário da Coordenadoria de Defesa dos Direitos Difusos e Enfrentamento à Intolerância Religiosa de Niterói (Codir), Gilmar Hughes, afirma que o órgão acompanhou a abertura do boletim de ocorrência do caso e entrou em contato com o Centro de Promoção da Liberdade Religiosa do estado (Ceplir) para prestar apoio à vítima. Hughes lembrou que, desde 2011, Candomblé e Umbanda são patrimônios cultuais e imateriais de Niterói.