Suspeito, que não teve identidade revelada, disse que não queria “matar.”

Na manhã desta terça-feira (1), um homem, que não teve identidade revelada, se apresentou à 34ª DP (Bangu), e disse que foi uma das pessoas que agrediu o congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, 25, espancado até a morte há uma semana, em um quiosque na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) o levaram para prestar depoimento. As informações foram confirmadas pela Polícia Civil.

As imagens enviadas à imprensa pela Polícia Civil mostram ao menos 20 minutos de agressões –foram desferidas 11 pauladas enquanto a vítima estava em luta corporal com os agressores e outras 15 quando ele já estava imóvel no chão.
O suspeito disse que “teme pela vida” e que não queria “matar o homem, por isso não bateram na cabeça”. Ele contou que é um dos funcionários do Quiosque Tropicália, onde o assassinato aconteceu.
“A gente não queria tirar a vida de ninguém, nada disso era porque ele era negro ou de outro país”, disse o suspeito em entrevista ao SBT Rio.

Moïse teria tentado agredir um senhor no interior do quiosque e três homens tentaram evitar, iniciando uma sessão de agressões, relatou ainda o suspeito.
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A versão é conflitante com a da família de Moïse, que afirma ter visto nas imagens de segurança o trabalhador a cobrar o valor de dois pagamentos e que, em sequência, foi atacado por cinco homens.

“Ninguém devia nada a ele. Foi um fato que, no impulso, a gente (agiu). (A gente) viu ele com a cadeira na mão e foi tentar ajudar o senhor”, afirmou o suspeito.
O caso segue em sigilo. Por hora, não há mandados de prisão para ninguém.

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