A vítima procurou os agentes aos prantos, segundo a corporação.
PUBLICIDADE
O caso ocorreu nesta manhã, momento em que a Guarda Municipal atuava no local para orientar e conscientizar os passageiros sobre o pagamento da tarifa no transporte. Na ocasião, a mulher, “chorando bastante”, se aproximou dos agentes e relatou o que havia acontecido. Outro passageiro que estava na estação se apresentou como testemunha e confirmou a versão apresentada pela vítima.
O auxiliar de serviços gerais, então, foi preso pelos agentes e levado para a delegacia do Recreio dos Bandeirantes, a 45ª DP. O caso foi registrado como importunação sexual.
“As pessoas estão mais confiantes em denunciar quando notam a presença do guarda na estação”, declarou, por meio de nota, o comandante interino da unidade, subinspetor Gustavo Souza.
Caso similar
Nesta quarta-feira, na mesma estação do BRT, Jorge de Souza Costa, de 53 anos, foi preso, acusado de ejacular em uma mulher, de 36, dentro de um ônibus. O caso também foi registrado na delegacia do Recreio.
A cada oito horas, uma mulher é atacada no Rio
Um levantamento feito pela reportagem publicado em agosto deste ano revela que este ano, em média, a cada oito horas uma mulher foi molestada ou vítima de ataque de cunho sexual no Rio.
Entre janeiro e julho deste ano, foram registrados um total de 674 casos de assédio (70), ato obsceno (160) ou importunação ofensiva ao pudor (444) nas delegacias do estado. Um aumento de 55% se o número de 2018 for comparado com igual período do ano passado, quando os policiais contabilizaram 433 casos.
Dados fornecidos pelo Tribunal de Justiça do Rio confirmam uma realidade cruel: existem tramitando no Juizado Especial Criminal (Jecrim) um total 538 processos em todo estado. São 71 de assédio sexual, 331 de importunação ofensiva ao pudor e 136 de ato obsceno. Nos três casos, a pena máxima dos crimes não passa de um ano.