Heróis da Resistência: Pescadores Formam Rede de Vigilância Ambiental na Baía de Guanabara

Mobilização a favor da vida! Um exército de voluntários cuidando do Patrimônio Ambiental. 

Um novo movimento em defesa da Baía de Guanabara vem ganhando força a partir do protagonismo de quem conhece a região como ninguém: os pescadores artesanais. Usando a tecnologia a seu favor, eles agora contam com um aplicativo de celular para denunciar crimes ambientais como despejo irregular de resíduos, destruição de manguezais, pesca predatória e poluição por grandes embarcações.

A iniciativa faz parte da formação de uma Rede de Preservação da Baía de Guanabara, que conecta comunidades pesqueiras, ambientalistas, ONGs, órgãos públicos e moradores dos municípios que circundam a baía, como Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo, Duque de Caxias, Magé, Itaboraí e Guapimirim.

🌱 Vigilância Comunitária e Denúncias em Tempo Real

A ferramenta, desenvolvida em parceria com organizações como a Fundação SOS Mata Atlântica, o Instituto Baía Viva e a Associação Homens e Mulheres do Mar da Baía de Guanabara (AHOMAR), permite que qualquer pescador ou morador envie fotos, vídeos e localização de crimes ambientais diretamente para uma central de monitoramento.

Segundo Alexandre Anderson, presidente da AHOMAR, a tecnologia tem sido essencial para flagrar violações que antes passavam despercebidas:

“Somos nós que estamos na linha de frente, dia e noite. Com o aplicativo, ganhamos uma arma poderosa contra quem destrói nossa baía.”

🐟 Proteção da Vida Marinha e dos Manguezais

A Baía da Guanabara abriga ecossistemas fundamentais para a biodiversidade, incluindo manguezais que servem de berçário para diversas espécies marinhas, como tainhas, caranguejos, camarões e golfinhos.

Infelizmente, décadas de descaso transformaram partes da baía em zonas críticas de poluição. As operações da rede de preservação visam monitorar:

  • Despejo de esgoto sem tratamento

  • Derramamento de óleo e resíduos industriais

  • Aterros ilegais e destruição de manguezais

  • Pesca ilegal com uso de apetrechos predatórios

  • Tráfego de grandes embarcações em áreas sensíveis

Entidades Engajadas na Defesa da Baía

Diversas instituições se somam à causa, entre elas:

  • Instituto Estadual do Ambiente (INEA)

  • Secretarias municipais de Meio Ambiente

  • Projeto Uçá

  • Movimento Baía Viva

  • Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro

  • ONG Guardiões do Mar

  • Marinha do Brasil (com ações de fiscalização marítima)

Além disso, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a UFF vêm contribuindo com estudos científicos para avaliar a qualidade da água e impactos sobre espécies ameaçadas.

🏘️ Municípios se Mobilizam

Cada município do entorno da Baía possui sua própria dinâmica e desafios. Em Magé e Guapimirim, por exemplo, ações de reflorestamento de manguezais estão sendo integradas com educação ambiental nas escolas. Em Duque de Caxias, cresce a mobilização contra o despejo industrial irregular no Rio Iguaçu.

Já em Niterói e São Gonçalo, onde a pressão urbana é maior, a Rede atua em parceria com associações de moradores para ampliar as denúncias e cobrar políticas públicas mais eficazes.

🔊 Chamada à Ação

A iniciativa mostra que a preservação da Baía da Guanabara não depende apenas do poder público, mas da união da sociedade civil organizada. O app está disponível gratuitamente e já gerou mais de 800 denúncias nos últimos seis meses.

“Queremos transformar a Baía da Guanabara em símbolo de resistência e renascimento ambiental”, diz Anderson.

⚠️ Não à Pesca de Arrasto: Um Clamor Pela Vida Marinha da Baía de Guanabara

No coração do movimento que mobiliza comunidades pesqueiras em torno da preservação da Baía de Guanabara, um grito uníssono ecoa: “Não à pesca de arrasto!”. Essa prática industrial, que utiliza grandes redes para raspar o fundo do mar, é considerada uma das maiores ameaças à biodiversidade marinha da região.

“A pesca de arrasto destrói tudo: o peixe pequeno, os berçários marinhos, os manguezais. É como passar um trator na floresta. A gente defende a pesca que respeita o tempo e o tamanho do peixe”, afirma Alexandre Anderson, líder da AHOMAR.

Com apoio de organizações como o Movimento Baía Viva, o Projeto Uçá e o Instituto Mar Urbano, pescadores vêm denunciando embarcações que praticam o arrasto em áreas proibidas — inclusive dentro da Baía, onde é expressamente vetado por legislações ambientais.

👨🏽‍🌾 Pesca Artesanal: Tradição e Sustentabilidade

Diferente do arrasto, a pesca artesanal é seletiva e sustentável, respeitando o ciclo de vida das espécies e garantindo renda a milhares de famílias. Hoje, ela representa a resistência de comunidades como Ilha do Governador, Caxias, Paquetá, São Gonçalo e Guapimirim, que sobrevivem do mar há gerações.

🌊 A Baía Pode Respirar Novamente

Apesar dos desafios, a rede representa um novo capítulo na história da Baía da Guanabara. Com vigilância ativa, participação cidadã e ações concretas, o futuro da baía poderá ser muito mais azul – e vivo.

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