A adesão será voluntária, e a ideia é que a medida seja implementada em julho.
Secretário de Educação, Pedro Fernandes afirma que o pedido de patrulhamento em unidades foi feito por diretores de escolas:
Essa foi uma das demandas que recebi durante minhas visitas a colégios. Vamos juntar esses diretores e, trabalhando em conjunto com a PM, avaliar e definir onde é possível realizar a alocação dos policiais. Inicialmente, estamos trabalhando com um número de 40 escolas.
Fernandes não detalhou que unidades terão policiamento. E afirmou que ainda não é possível precisar quantos agentes serão empregados na tarefa:
Não sabemos o efetivo exato e nem o montante que será investido. Isso depende de uma série de variáveis, como carga horária e até do número de participantes que vão aderir ao programa.
Opiniões divergentes
Professor de educação física em dois colégios estaduais os Cieps 129, em Itaboraí, e 122, em São Gonçalo, Tiago Luz não é favorável à iniciativa, que chegou a ser implementada em 2012, mas foi suspensa por falta de recursos:
Naquela ocasião, diretores de colégios em áreas de vulnerabilidade social foram ameaçados por conta da presença de policiais. A PM é essencial, sim, mas o reforço nas escolas deveria ser feito com profissionais da educação: inspetores e porteiros.
O secretário da Polícia Militar, Rogério Figueredo, disse que o objetivo do governo é estreitar laços entre agentes e alunos da rede pública:
Aproximar o policial militar dos estudantes é um fator de grande relevância, já que as facções criminosas procuram cooptar jovens, especialmente nas áreas periféricas. É importante que uma criança ou um adolescente tenha como referência a figura do policial e não a de um criminoso.
Segundo Figueredo, o objetivo do programa é também “reforçar a proteção de alunos, professores e servidores administrativos, bem como garantir a segurança patrimonial”. Para ele, o emprego de PMs desarmados não é uma opção:
A arma faz parte da indumentária do policial militar. O uso faz parte de sua formação profissional. Portanto, o policial está capacitado, técnica e psicologicamente, para utilizar armamento com base na análise de cenário.
Pedro Fernandes, por sua vez, ressaltou que a medida só será implementada em escolas cujos diretores demandarem o patrulhamento.
No ano passado, o Colégio estadual Paulo Freire, no Cachambi, foi cenário de um episódio de violência. Dois criminosos renderam um funcionário, invadiram a escola e roubaram quatro servidores, levando bolsas, chaves e documentos da unidade.