GOVERNADOR DO ACRE, É ALVO DE OPERAÇÃO PF CONTRA CORRUPÇÃO

Ação envolve PF, PGR, Receita e CGU; mandados são cumpridos em AC, AM, GO, PI, PR, RO e no DF.

O governador do Acre Gladson Cameli (PP), um dos principais apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), é alvo de nova operação da Polícia Federal (PF) que investiga uma rede de corrupção comandada por uma organização criminosa controlada por agentes políticos e empresários ligados ao Poder Executivo estadual acreano.

Na manhã desta quinta-feira (9), mais de 300 policiais, com apoio de servidores da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Receita Federal, cumprem 89 mandados de busca e apreensão nos Estados do Acre, Piauí, Goiás, Paraná, Amazonas e Rondônia, além do Distrito Federal.

Além dos mandados, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou a indisponibilidade de aproximadamente R$ 120 milhões, por meio do bloqueio de contas e sequestro de aeronaves, casas e apartamentos de luxo adquiridos como proveito dos crimes.

Na mesma decisão, 15 empresas investigadas tiveram suas atividades econômicas suspensas por determinação do Tribunal Superior.

Segundo apuração , Cameli não é alvo direto das buscas, mas foi proibido pelo STJ de deixar o país e deve entregar seu passaporte à Justiça em um prazo de até 24 horas. Além disso, ele não poderá ter contato com outros alvos da investigação.

O pai de Gladson, Eladio Cameli, e um irmão do governador, Gledson Cameli, também são investigados na operação.

Além do bloqueio dos itens de luxo, a decisão do STJ prevê:

  • 31 afastamentos de cargo ou função pública;
  • 57 proibições de contato com investigados e acesso a órgãos públicos;
  • 57 entregas de passaporte;
  • 70 quebras de sigilo bancário e fiscal;
  • 15 empresas com atividades econômicas suspensas.

Prisão da chefe de gabinete

Na segunda fase da operação Ptolomeu, desencadeada em 22 de dezembro de 2021, a PF prende a chefe de gabinete de Cameli, Rosângela Gama.

No dia 16 de dezembro, menos de 24 horas após uma ação contra Ciro e Cid Gomes (PDT), a PF cumpriu ação de busca e apreensão na casa de Cameli.

Na ocasião, foram cumpridos 41 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão no Acre, no Amazonas e no Distrito Federal.

Segundo a investigação, um grupo formado por empresários e por agentes do governo estadual aparelhou a estrutura pública para cometer crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, desviando recursos públicos e ocultando a destinação dos valores.

Cameli, que tem 44 anos, foi reeleito governador do Acre no primeiro turno em outubro de 2022, com 55,75% dos votos válidos contra 25,44% do segundo colocado, Jorge Viana, do PT.

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