Alexandre da Silva Alves, conhecido como Maluquinho, deu detalhes do crime em relato que chocou policiais pela frieza.
Alexandre da Silva Alves, de 43 anos, conhecido como ‘Maluquinho’, foi preso na madrugada deste sábado, acusado pela morte da menina Agatha Nicole Silva Victorino, de 6 anos, crime que aconteceu na quinta-feira.
De acordo com o delegado da Divisão de Homicídios da Capital (DH-Capital), Daniel Rosa, o suspeito não demonstrou arrependimento ao ser capturado. “Frio e calculista”, definiu o responsável pelas investigações sobre Maluquinho, que já havia sido preso duas vezes por tráfico e uma por tentativa de homicídio, quando era traficante da favela do Jacarezinho, na Zona Norte, em 1999.
O suspeito está na carceragem da DH, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, após o Plantão Judiciário do Tribunal de Justiça ter expedido mandado de prisão temporária contra ele. Maluquinho deverá ser transferido para o Complexo de Gericinó ainda neste sábado e responderá por estupro de vulnerável e homicídio qualificado.
Segundo Rosa, o suspeito confessou o crime de maneira fria, que chocou os policiais que presenciaram o depoimento. Maluquinho afirmou que levou Agatha para a casa dele, na Rua 24 de Maio, no Engenho Novo, na Zona Norte, a mesma rua em que morava a família da menina. Após estrangular a vítima, ele a estuprou e fez uma cova na cozinha da casa, mas desistiu de enterrá-la porque o cheiro do corpo em decomposição iria denunciá-lo.
Sem demonstrar nenhum sentimento, o suspeito continuou o relato dizendo que resolveu colocar a menina, ainda viva, em uma mala e arremessar em um rio, que fica próximo do local do crime. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou os abusos sexuais e concluiu que Agatha teve morte por asfixia e afogamento, além de apontar que a menina tinha arranhões e marcas de pancadas na cabeça.
Para o delegado, Maluquinho pode ter cometido o crime por não ter conseguido ter relacionamento com a mãe da criança, que admitiu que o suspeito a paquerava. “Ele misturou raiva e frustração e descontou na criança, que ele chamava de ‘enteadinha’, demostrando interesse na mãe”, acredita Rosa.
O corpo da menina está sendo velado no Cemitério de Irajá, na Zona Norte, e será sepultado às 16h.