Declaração de Freixo irritou a cúpula do PSB e provocou reações internas e também clima de tensão no encontro com a direção do PT.
Em meio a tratativas com o PT para fechar uma aliança para a eleição de 2022, o PSB está às voltas com uma crise interna por causa de uma declaração de Marcelo Freixo (PSB) dando razão ao PT por preferir Fernando Haddad (PT) a Márcio França (PSB) para a disputa ao governo de São Paulo.
“A declaração foi inacreditável, inaceitável – ainda mais no mesmo dia em que a gente foi negociar com o PT o nosso acordo. Estamos em meio a conversas, ele faz uma coisa dessas com o Márcio, me deixou estarrecido e causou um mal estar tremendo. Ele quer sair candidato pelo PT ou pelo PSB? Porque defender essa pauta, do PT, em meio a nossas negociações, ficou muito ruim para ele”, disse Carlos Siqueira, presidente do PSB, em entrevista ao blog.
O palanque de São Paulo é chave na negociação entre PSB com o PT e o impasse sobre quem vai ser o candidato ao Palácio dos Bandeirantes – Haddad ou França – trava o acordo entre os partidos para a disputa nacional.
Em meio a essa negociação, PT e PSB marcaram uma reunião na semana passada para tentar avançar nessa negociação que tem por objetivo final a chapa Lula-Alckmin. Ocorre que no mesmo dia dessa reunião, com a cúpula dos dois partidos, Freixo, que é candidato do PSB ao governo do Rio e quer o apoio do PT, deu uma declaração ao blog da jornalista Malu Gaspar, em O Globo, dizendo entender o PT preferir Haddad a França.
A declaração, no entanto, irritou a cúpula do PSB e provocou reações internas e também clima de tensão no encontro com a direção do PT. Na reunião, França chegou ao ponto de sugerir que Freixo saísse, então, candidato ao governo do Rio pelo PT, Alessandro Molon (PSB) para o Senado e, em São Paulo, invertessem: França (PSB) para o governo e Haddad (PT) para o Senado.
Freixo disse que está feliz no PSB, que respeita França, e que, como candidato ao governo do Rio, não cabe a ele entrar em polêmicas fora do seu estado.
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