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Fachin diz que ‘há indícios de execução arbitrária’ no Jacarezinho. Procurador desafia Fachin a subir o morro.

Fachin pediu à PGR e à Procuradoria Geral de Justiça do Rio que apurem os “indícios de execução arbitrária.”

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin afirmou nesta sexta-feira (7) que os fatos ocorridos na operação policial que deixou 28 mortos no Jacarezinho, Zona Norte do Rio, “parecem graves” e que “há indícios de atos que, em tese, poderiam configurar execução arbitrária“.

O Instituto de Segurança Pública (ISP) divulgou um levantamento apontando que, entre janeiro de 1998 e março deste ano, 20.957 pessoas morreram em confronto com a polícia no Estado do Rio, o que representa uma morte a cada dez horas.

Procurador de Justiça  Ministério Público do Rio de Janeiro desafia Ministro

Marcelo Rocha Monteiro desafiou o autor da liminar que proíbe a ação da polícia a acompanhar os agentes no cumprimento de mandados judiciais.

Crítico da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de proibir operações policiais nas favelas, no Rio, todas controladas por traficantes ou milicianos, o procurador desafiou na sexta (7) o ministro Edson Fachin, autor da liminar, a subir o morro dessas localidades na companhia de policiais cariocas no cumprimento de mandados judiciais.

Ele disse em entrevista à Rádio Bandeirantes que pode ser qualquer uma das 1.531 favelas controladas por bandoleiros.

Na avaliação de Marcelo Rocha Monteiro, o STF promove intervenção que considera inconstitucional na área de segurança pública do Estado.

Fachin cobra de Aras apuração sobre matança no Jacarezinho, no Rio

Nos pedidos de Fachin, ele faz referência a dois vídeos enviados pelo Núcleo de Assessoria Jurídica Universitária Popular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), recebidos pelo seu gabinete. Em um deles, aparecem cinco corpos baleados.

Em outro, agentes policiais abrem à força a porta de uma residência: “Abre essa porra! Polícia! Mão na cabeça! Tá fodido, vagabundo!” E atiram em um homem que estava deitado no chão.

As imagens, porém, não foram confirmadas como sendo a ação no Jacarezinho. De acordo com o Instituto Fogo Cruzado, que conta com vasta base de dados sobre tiroteios no Rio, a operação no Jacarezinho foi a que teve o maior número de mortes desde 2016, quando começou a série histórica.

Imprensa registra o fato como um dois mais violentos dos últimos anos no Rio de Janeiro, com 28 mortos.

O Rio e a violência 

No Rio, a primeira pauta é a segurança pública e, consequentemente, a guerra ao tráfico.  Estado é que mais gasta em segurança pública: com orçamento de bolhões em plena situação de crise econômica. Gasta-se muito e os resultados não são eficientes.

A política de segurança adotada, com foco no confronto, coloca em risco tanto a vida da população da favela quanto a dos policiais.  Não há investimento em inteligência, nem em investigação e prevenção da violência.  São muitos os estudos e muitos os especialistas que alertam há décadas para o fracasso dessa política.


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