Assassinado enquanto jogava o lixo, inspetor da 29ª DP teve suspeitos presos; entre eles, dois PMs.
Na manhã desta segunda-feira (6/10), o inspetor da Polícia Civil Carlos José Queirós Viana, de 59 anos, foi executado a tiros em frente à sua residência, na Rua Raul Corrêa de Araújo, no bairro de Piratininga, na Região Oceânica de Niterói.
O crime
Segundo testemunhas, por volta das 6h30, Viana saiu de casa para jogar o lixo fora quando foi surpreendido por criminosos num Ônix branco que se aproximou e efetuou os disparos. A área foi isolada e a perícia foi acionada, com investigação conduzida pela Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI).
A motivação do crime ainda não foi oficialmente esclarecida, mas a hipótese de execução direcionada é considerada pelas autoridades.
Prisões
Poucas horas após o crime, a Polícia Civil confirmou a prisão de três suspeitos em Xerém, Duque de Caxias (RJ). Entre os detidos estariam dois policiais militares, o que agrava o quadro e fortalece a hipótese de envolvimento institucional.
Na ação, foram apreendidas armas com calibre compatível com o usado no crime, e o carro utilizado pelos criminosos foi localizado queimado em Duque de Caxias aparentemente para tentar eliminar provas. As detenções foram feitas em flagrante e os suspeitos estão sendo ouvidos na DHNSGI.
O policial
Carlos José era lotado na 29ª DP (Madureira), no Rio de Janeiro, e contava com longa trajetória na corporação. No momento do crime, sua esposa e filha estariam dentro da residência. O corpo foi levado ao Instituto Médico Legal (IML).
Reações e próximos passos
A Polícia Civil classificou o assassinato como um “ataque covarde” e prometeu resposta à altura contra os responsáveis. O caso mobilizou reforço policial no 12º BPM de Niterói e nas regiões próximas.
As investigações agora focam em:
Identificar possíveis mandantes do crime
Apurar o envolvimento dos PMs detidos
Confirmar a dinâmica do ataque (execução ou tentativa de assalto)
Analisar gravações de câmeras de segurança da rua como prova
A morte de um agente policial em serviço ou no exercício de atividades cotidianas provoca repercussão institucional e exige rigor investigativo para garantir justiça e coibir novas investidas contra servidores públicos.