EX-PREFEITO DE GUAPIMIRIM E ATUAL PREFEITO DE TANGUÁ SÃO CONDENADOS A NOVE E CINCO ANOS DE PRISÃO

A juíza Rafaela de Freitas Batista de Oliveira condenou o ex-prefeito da cidade Marcos Aurélio Dias.

No mesmo processo o hoje prefeito de Tanguá, Rodrigo da Costa Medeiros, pegou cinco anos e seis meses em regime semiaberto. Rodrigo era chefe de gabinete de Marcos, e foi denunciado pelo Ministério Público por ter escondido o processo relativo ao contrato, para, no entender do MP, dificultar as investigações.

Marcos Aurélio era vice-prefeito de Renato da Costa Mello Junior, o Junior do Posto, e assumiu a Prefeitura no dia 12 de setembro de 2012, tendo sido eleito menos de um mês depois. Ele foi denunciado por renovar de forma irregular um contrato e terceirização de mão de obra feito com a organização não-governamental Casa Espírita Tesloo, rebatizada de Obra Social São João Batista. Durante as investigações foi provado que, com as seguidas renovações, o contrato apresentou superfaturamento de 200%.uap

Os valores recebidos pela instituição entre 2012 e 2015 somaram R$ 88,4 milhões, e a estimativa é de que cheguem ao total de R$ 69 milhões os prejuízos causados aos cofres da municipalidade.

Além dos dois políticos foram condenados nessa ação os diretores da organização – Sergio Pereira de Magalhães (major da Polícia Militar), Maria de Fátima Fonseca da Silva e Luanda Fernanda Fonseca da Silva –, o ex-secretário de Governo Ricardo de Oliveira Almeida, e o ex-pregoeiro Rodrigo Macário da Silva.

A matéria revelou ainda que a “farra do boi” nos contratos de terceirização de trabalhadores foi detectada em Guapimirim em novembro de 2012, em contrato com bases nada transparentes.

A administração municipal havia contratado a Casa Espírita Tesloo pagando R$ 34 milhões em um ano pela terceirização dos serviços de 280 funcionários. Em 2012 a Tesloo recebia R$ 2,9 milhões por mês, e a divisão desse valor pelos terceirizados dava a média de R$ 10,3 mil por funcionário, dinheiro que o trabalhador mais bem pago nunca viu na vida.

Foi constatado que a Tesloo recebia, no caso de um motorista, R$ 13,93 por hora trabalhada, R$ 111,44 por dia, R$ 3.343,20 por mês, mas o salário efetivamente pago no fim do mês passava de pouco mais de R$ 1000.

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RedeTv+ Notícias/ Elizeu Pires

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