Iram de Almeida Saraiva Júnior é formado em medicina, atuava como médico em Niterói.
A Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav) prendeu na manhã desta quarta-feira (1º) Iram de Almeida Saraiva Júnior, ex-deputado estadual de Goiás e médico que atuava em Niterói, sob a acusação de cometer estupro de vulnerável contra uma criança de apenas 2 anos. A detenção ocorreu em um condomínio na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Investigação e cumprimento de mandado
Segundo as autoridades, o caso vinha sendo apurado há cerca de seis meses, período em que foram obtidos depoimentos de testemunhas, relatórios médico-psicológicos e oitiva especial da vítima. Um mandado de prisão preventiva foi decretado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, e a prisão foi cumprida hoje sem resistência.
Durante a ação, os policiais apreenderam o celular do acusado, que será periciado.
Histórico, salvo-conduto e outras investigações
O acusado já havia conseguido um salvo-conduto concedido pela Justiça fluminense em 1º de setembro, liminar que o impedia de ser preso naquele momento, sob alegação de ausência de contemporaneidade nos fatos investigados. A magistrada que concedeu a liminar entendeu que não havia elementos suficientes para a prisão preventiva naquele instante.
Além da acusação de estupro de vulnerável, Iram Saraiva responde a processo na 16ª DP (Barra da Tijuca) por injúria e perseguição contra sua ex-esposa, cuja investigação já foi encaminhada ao Ministério Público.
Iram de Almeida Saraiva Júnior é formado em medicina, atuava como médico em Niterói, e teve carreira política: já ocupou cargo de vereador em Goiânia e também o de deputado estadual em Goiás. De acordo com autoridades, ele possui cidadania portuguesa, fato que foi citado como possível risco de fuga.
Aspectos legais e próximos passos
O crime imputado estupro de vulnerável está previsto no artigo 217-A do Código Penal e prevê reclusão de 8 a 20 anos. Após a prisão, o caso segue para o Ministério Público do Rio de Janeiro, que deverá oferecer denúncia formal nos próximos dias. A defesa ainda não se pronunciou sobre o caso publicamente.
O caso mobiliza mais do que um processo judicial: revela a gravidade da violência sexual infantil, e a necessidade de agilidade e rigor nas investigações quando vítimas tão jovens estão envolvidas.