O Departamento de Estado norte-americano afirmou, em relatório divulgado nesta segunda-feira (24), que altos representantes do governo venezuelano incluindo militares próximos a Maduro — estariam envolvidos em esquemas de narcotráfico, lavagem de dinheiro e apoio a organizações armadas atuantes na fronteira. A acusação não é nova, mas ganha força em meio ao aumento da presença militar dos EUA no Caribe e à ampliação de sanções contra Caracas.
Segundo Washington, o Cartel de los Soles opera rotas de cocaína que atravessam a Venezuela em direção à América Central e aos EUA, utilizando estruturas estatais para garantir proteção e logística. Autoridades norte-americanas classificam o esquema como “uma das mais sofisticadas redes criminosas do Hemisfério Ocidental”.
VENEZUELA NEGA E FALA EM “CONSTRUÇÃO DE NARRATIVA PARA INTERVENÇÃO”
O governo Maduro respondeu de forma imediata. Em nota oficial, o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela afirmou que o Cartel de los Soles é “uma invenção política” para justificar agressões estrangeiras e que as acusações fazem parte de “uma campanha permanente de desestabilização”.
Caracas também acusou os EUA de promoverem uma escalada militar no Caribe, com o envio de navios e aviões de vigilância, o que classificou como uma “provocação deliberada”. Segundo o governo venezuelano, Washington tenta criar um clima de tensão internacional para legitimar uma possível ação militar indireta ou reforçar sanções econômicas.
CRISE DIPLOMÁTICA EM ESCALADA
Especialistas em relações internacionais avaliam que a troca de acusações amplia a tensão já existente entre os países. Os EUA endureceram o discurso após novas denúncias de violações de direitos humanos e repressão política na Venezuela.
Enquanto isso, o governo Maduro tenta reforçar alianças com países aliados e denuncia o que chama de “tentativa de golpe geopolítico” promovida por Washington.
A situação permanece instável, e diplomatas temem que o impasse se agrave, especialmente com o aumento das operações militares norte-americanas na região. A crise promete dominar a agenda internacional nas próximas semanas.

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