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Estudo Aponta: Magé fica fora das metas de redução de crimes no Rio

Só cinco dos 39 batalhões da PM  alcançaram metas.

A intervenção federal na Segurança do Rio não bateu as metas de redução de criminalidade. Dos 39 batalhões da PM no estado, só cinco conseguiram alcançaram os objetivos do primeiro semestre estipulados pela Secretaria de Segurança em janeiro deste ano. Os indicadores de letalidade violenta e de roubos de veículos e de rua do primeiro semestre com os dados do Termo de Comunicação de Meta, documento interno da Secretaria de Segurança em que a pasta comunica as metas para os seis primeiros meses do ano às polícias Civil e Militar.

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O estado estava sob intervenção federal em quatro meses e meio do total de seis levados em consideração no levantamento. Na capital, as unidades que bateram as três metas são o 5º BPM (Praça da Harmonia) e o 27º BPM (Santa Cruz). Na Baixada Fluminense, só o 20º BPM (Mesquita) alcançou os objetivos. Já no interior, o 10º BPM (Barra do Piraí) e o 30º BPM (Teresópolis) conseguiram reduzir os três indicadores até o limite estabelecido.

Sete unidades não bateram nenhuma das metas. Doze batalhões não conseguiram alcançar os objetivos em dois indicadores. Metas de letalidade violenta  índice que aglutina homicídios dolosos, lesões corporais seguidas de morte, latrocínios e homicídios decorrentes de ações policiais foram as menos batidas entre os três indicadores: ao todo, 25 batalhões não alcançaram os objetivos de redução de crimes contra a vida.

O estado inteiro só bateu uma das três metas: a de roubos de rua. Mesmo assim, esse objetivo só foi atingido porque foram levados em conta, no cálculo desse indicador, somente os meses de abril, maio e junho. A Secretaria de Segurança concluiu que roubo de rua foi o indicador mais distorcido pela sub notificação durante a greve da Polícia Civil de janeiro a março do ano passado.

Para o primeiro semestre deste ano, a secretaria estipulou uma redução de 5% na letalidade violenta, 8% nos roubos de veículos e 9% nos roubos de rua em relação ao primeiro semestre de 2017. Policiais dos batalhões que conseguem as melhores pontuações ganham direito a bonificações de até R$ 3 mil.

Recorde de mortos pela polícia

Os primeiros seis meses de 2018 registraram a maior quantidade de mortes pela polícia desde que o estado começou a contar homicídios decorrentes de ação policial, em 2003. De janeiro a junho, segundo dados divulgados ontem pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), policiais mataram, em serviço, 766 pessoas  32% a mais do que a a quantidade de mortes do tipo registrada o mesmo período do ano passado.

Somente em junho, foram contabilizados 155 homicídios em ações da polícia, 59% a mais do que o mesmo mês do ano passado. Desde 2003, junho só fica atrás de janeiro deste ano como mês com mais ocorrências de mortos pela polícia. Dos cinco meses com maior número de casos em toda a série histórica, três são deste ano sendo que, em dois deles, maio e junho, o Rio já estava sob intervenção federal.

Roubos de carga, de carros e a transeuntes diminuíram em junho em relação ao mesmo mês do ano passado. Os homicídios dolosos registraram queda de 3,8% em comparação com junho de 2017, quando ocorreram 390 crimes. Em junho deste ano foram 375.

Fonte: Jornal Extra