Empresa que administra cemitério é multada por ossadas espalhadas em rua após temporal

Pelo volume das ossadas, foram mais de cem túmulos destruídos.

A empresa que administra o Cemitério Nossa Senhora das Graças (Tanque do Anil), no Parque Beira Mar, em Duque de Caxias, foi multada pela prefeitura em R$ 1,6 milhão. Na noite de terça-feira, parte do muro do cemitério desabou — após a forte chuva que atingiu a cidade — e espalhou ossadas na Rua Marechal Bento Manoel.

O prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis, disse que a empresa tem uma semana para pagar a multa. Caso contrário, ele vai interditar o cemitério:

Pelo volume das ossadas, foram mais de cem túmulos destruídos. Se eles não pagarem a multa, vou interditar todo o cemitério, lacrar as funerárias dele e apreender veículos.

Uma perícia foi realizada na manhã desta quarta-feira. Guardas municipais desviam o trânsito porque uma parte do muro ainda está caída na rua.

Reis fez críticas à atuação da empresa na cidade:

Eles trabalham ali de uma forma criminosa, tanto no aspecto ambiental como na manutenção. Não cumprem nada e exploram a população a preços exorbitantes.

Em nota, a AG-R Administradora de Cemitérios nega que tenha havido exposição de corpos ou de ossos em via pública e diz que a concessionária não pode ser responsabilizada pelo evento por “se tratar de causa natural imprevista, imprevisível e irresistível, cujos efeitos não era possível evitar ou impedir”. Leia a nota na íntegra:

“Uma forte chuva atingiu vários bairros de Duque de Caxias no fim da tarde de terça-feira (27 de fevereiro). Conforme foi amplamente divulgado por veículos de comunicação, inúmeras ruas ficaram alagadas e a água atingiu lojas comerciais e residências, além de veículos, que foram arrastados pela correnteza em locais como o nobre bairro 25 de Agosto. Um dos locais afetados foi o bairro da Vila Operária, onde o muro do Cemitério Nossa Senhora das Graças, conhecido como Tanque do Anil, na Rua Marechal Bento Manoel, teve um trecho derrubado pela força da água, que caiu em grande volume na região. Por se tratar de causa natural imprevista, imprevisível e irresistível, cujos efeitos não era possível evitar ou impedir, não pode incidir responsabilidade da Concessionária pelo evento. Ao contrário do que foi noticiado em alguns órgãos de imprensa – boa parte das informações foram retiradas da rede social – não houve exposição de corpos ou de ossos em via pública. Até às 12:00 horas de hoje o local já havia sido limpo, está sendo fechado com tapumes e aguardamos a autorização da prefeitura para iniciar a obra de reconstrução do muro”.

Fonte: Jornal Extra

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