Os franceses confirmaram neste domingo (24) um novo mandato de cinco anos ao centrista Emmanuel Macron.
Le Pen, que apesar de perder a eleição, conseguiu o melhor resultado da extrema-direita em um pleito presidencial na França.
Segundo estimativas iniciais, o candidato de La República en Marcha (LREM), de 44 anos, obteve 58% dos votos, contra 42% de Le Pen, uma diferença menor do que em 2017, quando derrotou sua adversária do Reagrupamento Nacional (RN) com 66,1% dos votos.
Embora Marine Le Pen fosse percebida pelos eleitores como a que melhor entendia os problemas da população, no fim, optaram pela experiência e competência de Macron para lidar com crises, segundo observadores. (AFP)
Os franceses optaram por continuar com um líder pró-europeu, que também se tornou o primeiro a conseguir a reeleição desde 2002.
A repercursão da reelição de Macron foi imediata e países do mundo felicitarm a vitótia do centrista.
Os primeiros-ministros social-democratas da Alemanha, Espanha e Portugal, bem como o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, manifestaram seu apoio a Macron durante a campanha.
Com Macron reeleito, Europa vive dilema sobre acordo com Bolsonaro.
Macron é considerado em Brasília e mesmo em Bruxelas como um dos maiores obstáculos para que Europa e Mercosul possam ratificar o acordo comercial que foi negociado desde 1999. Mas, para observadores, parte de sua resistência tinha uma relação direta com a eleição, disputada nestedomingo.
Na busca pelos votos de ecologistas, o presidente francês não poderia ignorar o desmatamento na Amazônia e passou a insistir que, sem um compromisso do governo Bolsonaro neste sentido, não haveria uma ratificação do acordo comercial.
Segundo analistas, o problema que enfrenta a França é que: para a União Europeia, o acordo que Bruxelas fechou com o ex-chanceler Ernesto Araújo é extremamente vantajoso para seus interesses e desequilibrado para o Brasil.
Quanto a relação entre os dois presidentes, Jair Bolsonaro considerou uma “provocação” a recepção dada pelo presidente da França, Emmanuel Macron, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no ano passado, em Paris.