Disney tenta resgatar a essência do Mickey, que completa 90 anos

Acompanhe as transformações ao longo dos 90 anos do Mickey, o camundongo símbolo da Disney.

Ao longo dos 90 anos, Mickey tornou-se um símbolo pop tão bem-sucedido que, frequentemente, o público esquece que o embaixador do universo Disney é, na verdade, um rato. Ao longo dessas nove décadas, o camundongo, desenhado por Walt Disney e pelo animador Ub Iwekers, teve seus traços suavizados, assim como a personalidade, para cair nas graças das crianças e de seus pais. Desde então, diversas gerações se divertiram com os desenhos para a TV, filmes para o cinema e histórias em quadrinhos.

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Não se sabe exatamente quando foi a criação do Mickey, mas a Disney convencionou o 12 de novembro para celebrar o aniversário porque a data marca o lançamento do curta “Vapor Willie” (Steamboat Willie, no player abaixo). No entanto, sua primeira aparição pública aconteceu antes: em 15 de maio, na animação Avião Maluco (Plane Crazy). Taurino ou escorpiano, não se sabe, mas é consenso que, em seus dois primeiros anos, Mickey pouco lembrava o personagem que povoaria o imaginário popular quase um século depois. Rebelde e frequentemente mal-humorado, ele fumava e bebia, mas ainda não falava: seus primeiros filmes eram mudos.

Meses depois da animação, Walt Disney decidiu investir em filmes falados, com áudio sincronizado, e Mickey ganharia voz. Assim, Plane Crazy, foi relançado. No dia 29 de outubro de 1988, próximo ao aniversário de 60 anos do camundongo.

“Originalmente, era um ratinho indisciplinado, vestido com calças curtas e enormes sapatos amarelos. O gato Félix, de Pat Sullivan, criado em 1924, antecipava algumas características físicas e morais daquele primeiro Mickey. Aos poucos, foi sofrendo modificações, até transformar-se em um dono de casa burguesão e complacente”. Essas modificações também alteraram sua roupa. Ganhou uma parceira, Minnie, e um animal de estimação: Pluto”, explicava a publicação.

Em tom nostálgico, o texto prosseguia: “Mickey mudou e muito. De importante personagem de desenhos animados e histórias em quadrinhos, tornou-se figura de proa das empresas Disney, que incluem parques de diversões, merchandising, livros, revistas, cadernos escolares, peças de roupas e muitos produtos mais. Esse lamentável ganho de legitimidade, que tirou muito do encanto inicial do personagem, próprio dos heróis de quadrinhos, acabou abrindo brecha pela qual o Pato Donald se insinuou. Donald roubou a cena e transformou-se no seu grande concorrente”, concluiu.

“Um dos primeiros movimentos no sentido de trazer o velho Mickey de volta veio com o curta “Hora de viajar!”, (2013), de Laura MacMullen, colado ao longa Frozen. No filme em 3D, o camundongo, sua namorada Minnie, além de Horácio e Clarabela, fazem um passeio até João Bafo-de-Onça aparecer para acabar com a festa. Uma série de piadas físicas envolvendo os personagens se segue. No original em inglês, as vozes de mocinho e vilão são compostas por trechos de sons tirados dos dubladores originais. O próprio Disney e Billy Bletcher”.

Os estúdios Disney também investem na recuperação da versão travessa do camundongo na série “Mickey shorts”, que apresenta piadas de situações comuns em curtas com entre três e quatro minutos de duração.

Fonte: Jornal O Globo

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