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Delação de Cavendish pode atingir também família e secretários de Cabral

Faturas, fotos e documentos comprovam consumo às custas de empresário.

A delação premiada que o empresário Fernando Cavendish vem negociando com o Ministério Público Federal (MPF) poderá atingir familiares e ex-secretários do ex-governador Sergio Cabral, de acordo com a coluna de Lauro Jardim neste domingo (30). O colunista compara, ainda, Cabral a Maria Antonieta, afirmando que “a guilhotina da (Operação) Saqueador se aproxima”.

A proposta feita pelos advogados de Cavendish ao MPF implica o ex-governador com mais provas. Faturas de contas, fotos e outros documentos apresentados poderão provar o “mais conspícuo consumo de Cabral e seu entorno às custas do ex-dono da Delta”, informa o colunista. O MPF mira a investigação na mulher de Cabral, Adriana Anselmo, no ex-secretário de Saúde Sérgio cortês, que vem a ser o atual diretor geral da Rede D’Or, que pertence ao Banco BTG Pactual e ao Grupo Mall, e ao também ex-secretário Wilson Carlos, apelidado de Bacalhau.

Operação Saqueador 

A PF prendeu no dia 30 de junho Fernando Cavendish, da construtora Delta, em sua casa no Leblon, na zona sul do Rio. O empresário vinha cumprindo prisão domiciliar, mas o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) determinou que ele, além de Carlinhos Cachoeira, Adir Assad, Cláudio de Abreu e Marcelo Abbud fossem reconduzidos ao complexo penitenciário de Bangu para cumprirem prisão preventiva.

Cavendish, Cachoeira e mais 20 acusados são réus em ação que corre na 7ª Vara Federal Criminal do Rio. De acordo com o Ministério Público Federal, o grupo participava de um esquema que desviou R$ 370 milhões de obras feitas pela Delta Construtora para 18 empresas fantasmas que pertenciam a Assad e a Marcelo Abbud, em São Paulo, e também a Carlinhos Cachoeira.

As investigações apontaram que, após repassados pela Delta a empresas de fachada, os valores eram sacados em dinheiro para impedir o rastreamento da propina entregue a agentes políticos.

Fonte: JB