O reforço no efetivo foi publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira (4).
O governo do Estado do Rio de Janeiro realiza na manhã desta quinta-feira (4) uma reunião sobre o Grupo Integrado de Operações de Segurança Pública (Giosp) para representantes do poder federal. A ideia do Governo do RJ é que o governo federal passe a integrar o grupo, do qual fazem parte a Polícia Militar, a Polícia Civil e a Seap.
O convite que tenta fazer com que o governo federal tenha maior participação nas ações de segurança no RJ visa uma maior integração de informações e inteligência.
Participam da reunião o secretário de segurança do Estado do Rio de Janeiro, Roberto Sá; o comandante-geral da Polícia Militar, Cel. Wolney Dias; e o chefe de Polícia Civil; Augusto Leba. O secretário nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, general Carlos Alberto Santos Cruz, representa o governo federal.
O encontro acontece no Centro Integrado de Comando e Controle. O reforço no efetivo foi publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira (4).
O Rio de Janeiro já conta com um efetivo de 125 integrantes da Força Nacional de Segurança. O governador Luiz Fernando Pezão pediu também a vinda de agentes da Polícia Rodoviária Federal para o Estado, mas este auxílio ainda não foi confirmado pelas autoridades.
Segundo Pezão, grande parte das armas e drogas que chegam à Região Metropolitana escoam pela Via Dutra, que é uma rodoviária federal, o que justificaria o auxílio da PRF. Na operação realizada na terça-feira (2), 32 fuzis, pistolas e granadas foram apreendidos e 40 pessoas foram presas.
Prisão preventiva
Quarenta presos em flagrante em operação da Polícia Militar na Cidade Alta, na terça-feira (2), tiveram a prisão convertida em preventiva nesta quarta (3). A prisão foi feita durante operação para acabar com uma guerra de facções na comunidade de Cordovil, na Zona Norte do Rio. Após as detenções, criminosos queimaram nove ônibus e dois caminhões em represália.
Após audiência de custódia, os juízes Maria Tereza Donatti e Marco Couto decidiram que os detidos responderão por envolvimento com o tráfico e porte de armas – foram apreendidos 32 fuzis, além de pistolas, granadas e munições.
A prisão preventiva é uma medida cautelar para que os suspeitos aguardem presos, sem prazo determinado, o andamento do processo. O juiz Marco Couto salientou, em sua decisão, que não é razoável que os custodiados aguardem em liberdade. A informação foi divulgada pela assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça.
Os presos foram ouvidos por videoconferência, do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, para onde foram levados na terça-feira, após as prisões.
Número insuficiente
O caos no Rio motivou o pedido de ajuda do governador do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão por reforço das tropas federais. Mas o acréscimo de cem homens fez com que especialistas em segurança criticassem a medida, que afirmam ser insuficiente para conter a criminalidade.
“É um numero muito reduzido, em especial por causa do momento que o Rio vive. O ideal é que seja número inicial e que venham outros”, avalia o especialista em segurança Fernando Veloso.
Para Maria Isabel Couto, doutora e pesquisadora da FGV, a União deve ter papel principal na discussão da segurança pública. “A gente precisa ver esse protagonismo da Uniao pra ajudar os estados de forma pactuada. A União não tem que só transferir dinheiro e policiamento, ela tem que ocupar um papel central. Porque hoje não é a inteligência estadual que vai resolver o problema do tráfico.
“Nossa Força Nacional tem suas limitações e reivindicações em âmbito nacional. Nesse momento, o que temos disponível são cem integrantes”, alegou o ministro.
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