Moradores, tanto de carro quanto a pé, não conseguem acessar a comunidade do Caju pela via. Ônibus também não.

Militares do Exército fazem desde às 8h perícia no local onde nesta madrugada dois suspeitos morreram após furarem um bloqueio na frente do Arsenal de Guerra do Rio, no Caju. Os corpos das vítimas ainda estão no local, mais de oito horas depois da ocorrência. Familiares também, mas não quiseram falar com a imprensa.
Por causa da perícia, conduzida pela Polícia do Exército e Delegacia de Polícia Judiciária Militar, parte da Rua Monsenhor Manuel Gomes está fechada. Moradores, tanto de carro quanto a pé, não conseguem acessar a comunidade do Caju pela via. Ônibus também não.

– Cheguei para ir na igreja, mas não deixaram eu passar. Só quando a perícia acabar – disse um morador.
Nesta madrugada, por volta das 3h30, um blindado do Exército se deparou com quatro veículos suspeitos, durante o patrulhamento na localidade São Sebastião. Três veículos fugiram em direção à Av. Brasil em alta velocidade, o quarto e último carro foi fechado pelo blindado. De acordo com o Comando Militar do Leste (CML), o veículo da marca Honda HR-V cinza chumbo, com placa de São Paulo, tentou ultrapassar o bloqueio e houve confronto. Além dos dois mortos, um homem foi ferido e levado para o Hospital Souza Aguiar, no Centro do Rio. Não há informação sobre o estado de saúde dele.
Ainda conforme o CML, outros dois suspeitos conseguiram fugir do local. Foram apreendidos: cinco fuzis, duas pistolas, seis granadas de fabricação caseira, quatro rádios transmissores, 32 carregadores de fuzil, cinco carregadores de pistola e farta munição.
Apesar do reforço no policiamento na região, o clima é de apreensão no local. Desde a última quinta-feira, facções rivais disputam o controle do tráfego de drogas na comunidade.
A guarnição militar reforça a segurança do Arsenal de Guerra do Rio desde a última quinta-feira em função de confrontos entre facções criminosas pelo domínio do Caju. Com efetivo de cerca de 100 homens, segundo a assessoria do Comando Militar do Leste (CML), o objetivo é também minar a possibilidade de os grupos obterem armas para o enfrentamento. A unidade fabrica e faz a manutenção de armas equipamentos militares, como morteiros.

Mortos na sexta-feira
O clima ficou tenso no Complexo do Caju na sexta-feira. Apenas neste dia, conforme informou a Polícia Militar, dois homens morreram e dois fuzis, calibre 7.62, foram apreendidos na região. De acordo com a PM, houve uma operação no local. Foram registrados confrontos entre criminosos daquela área ao longo da ação, realizada por militares da Unidade de Polícia Pacificadora do Caju e do Grupamento de Intervenções Táticas (GIT) e que contou com um veículo blindado do 22º BPM (Maré). Nenhum policial militar ficou ferido. Além dos fuzis, três bombas de fabricação caseira foram apreendidas.
Fonte: Jornal Extra
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