CIDADES VIZINHAS A CAPITAL REFORÇAM CERCO CONTRA FUGA DE TRAFICANTES APÓS OPERAÇÃO NO RIO

Com medo de evasão de criminosos, municípios da Baixada e do interior intensificam barreiras e ações de inteligência.

Após a operação mais letal da história do Rio de Janeiro, cidades vizinhas à capital intensificaram a fiscalização nas principais vias de acesso para impedir a fuga de traficantes e foragidos. O 5º Comando de Policiamento de Área da Polícia Militar do Estado (PMERJ) mobilizou efetivos em pontos estratégicos do Sul Fluminense e da Região Metropolitana, em parceria com a Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal e secretarias municipais de segurança.

As ações se concentram em rodovias como a BR-101, em Garatucaia (Angra dos Reis), e a RJ-155, entre Barra Mansa e Angra. No interior, o 26º Batalhão da PM reforçou o patrulhamento nas entradas de Petrópolis, especialmente na BR-040, na “Serra Velha” e nas rotas alternativas por Miguel Pereira e Teresópolis — todas consideradas possíveis caminhos de fuga de criminosos que deixaram a capital após a megaoperação.

Na Baixada Fluminense, Guapimirim também se prepara. O município, que já vinha adotando ações preventivas ao longo do ano, mantém equipes de segurança em alerta. Segundo o secretário Municipal de Segurança Pública, Wallace Gulinelli, a cidade conta com tecnologia de monitoramento e integração entre forças policiais.

“Estamos em alerta contínuo, com apoio da Polícia Militar, Polícia Civil, Guarda Municipal e Polícia Rodoviária Federal. A gestão da prefeita Marina Rocha, sempre atuou com planejamento e prontidão para coibir qualquer tentativa de incursão criminosa”, afirmou o secretário.

A migração de criminosos para outras regiões do estado, no entanto, não é um fenômeno recente. Em 2010, durante a implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) pelo governo do Rio, integrantes do Comando Vermelho (CV) deixaram o Complexo do Alemão e se deslocaram para municípios do litoral sul fluminense, como Angra dos Reis e Paraty, além de se refugiarem na Baixada Fluminense. Aquele movimento marcou o início de uma expansão territorial das facções, que passaram a ocupar áreas antes pacíficas, aproveitando brechas de segurança e ausência de policiamento ostensivo.

As medidas atuais refletem, portanto, não apenas uma resposta emergencial, mas também a tentativa de evitar a repetição de episódios anteriores. Além do impacto direto na segurança, moradores relatam medo, retração no comércio e cancelamento de viagens para áreas próximas à capital, o que agrava a crise econômica e emocional em várias regiões do estado.

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