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Casos de coronavírus no Rio devem ultrapassar 4 mil, diz prefeitura

Subnotificação acontece por falta de testes e por pacientes assintomáticos e com sintomas apenas leves.

O prefeitura do Rio de Janeiro estima que os casos de coronavírus no Rio de Janeiro já passem de quatro mil na cidade. A estimativa do Ministério da Saúde é de que a cada 100 casos que existem, só 14 sejam confirmados. Com essa proporção, os 493 casos, podem representar, na verdade, mais de 3.500.

Devido à falta de exames para todos, muitos dos infectados simplesmente não terão a confirmação de que estão, de fato, com coronavírus.

“A cada 100 pessoas, nós conseguimos identificar 14, 86% das pessoas que têm coronavírus não são identificadas e ficam sem diagnóstico, isso ocorre no mundo inteiro e deve acontecer no Brasil”, diz João Gabbardo, do Ministério da Saúde.

Além das 10 mortes confirmadas no estado, existem outras 25 sendo investigadas. “Estamos vendo a ponte de um iceberg que pode ser muito maior. A subnotificação é fato em qualquer epidemia, por vários motivos. Tem aquele portador assintomático que não vai adoecer, tem aquele com sintomas leves que nunca vai procurar um serviço de saúde. Esses casos não estarão nas notificações”, diz Roberto Medronho.

Um estudo da Fiocruz sugere que o novo coronavírus pode estar por trás do aumento de casos da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Números da Fiocruz mostram que o número de internações hospitalares pela síndrome chega a ser dez vezes maior que em 2019. O Rio de Janeiro saltou de 1,9% dos casos do país no último ano para 8,4% em 2020.

“As capitais de Rio e São Paulo são os locais que nós tivemos as primeiras transmissões comunitárias, o que reforça essa hipótese”, diz o pesquisador Daniel Vilela.

O secretário de saúde do estado do estado Edmar Santos afirma o compromisso com a testagem de profissionais de saúde e com esclarecimentos sobre causas de óbitos.

“Todo o esforço nosso hoje é abrir a partir do dia 17 uma linha específica de testagem para os profissionais de saúde, era um compromisso meu com a saúde desse profissionais que vão se expor para nos salvar, para que eles possam voltar a trabalhar o mais rápido possível. A segunda prioridade é informar a população de forma clara sobre os óbitos”, disse.

Fonte: Portal G1