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CASO TURNOWSKI: CELULAR NÃO ENCONTRADO ESTAVA NA CASA DELE ANTES DA PRISÃO

O Ministério Público do Rio ainda não conseguiu apreender o telefone de Allan Turnowski.

Preso dentro da própria casa, na última sexta-feira (9), na Operação Águias na Cabeça, do Ministério Público do Rio, Allan Turnowski ainda não teve o celular que utilizava para conversar com o delegado Maurício Demétrio apreendido. O aparelho estava na casa dele horas antes do mesmo ser preso, aponta documento do MP.

Quando os promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) chegaram à casa do ex-secretário de Polícia Civil para cumprir o mandado de prisão e de busca e apreensão, no dia 9, não encontraram o celular de Allan Turnowski. O aparelho é considerado fundamental para as investigações.

Allan afirmou para os investigadores que perdeu o aparelho na noite anterior a operação, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. O município fica a 55 quilômetros da casa dele, na Barra, na Zona Oeste do Rio.

Sem o aparelho, os agentes tiveram que coletar dados das antenas da operadora de celular para verificar por onde ele passou. Com isso, em um novo documento anexado à denúncia, o Ministério Público constatou que, às 19:34, o celular passou pelo Engenho de Dentro, na Zona Norte.

Às 21:50, o aparelho estava em São Gonçalo. Porém, às 22:41, do dia 8 de setembro, horas antes da prisão, o telefone de Allan Turnowski estava na Rua Dulcídio Jurandir, no condomínio dele. Para os promotores, os dados reforçam a “hipótese de que Allan Turnowski ocultou o telefone do apartamento”.

O MP ainda investiga o paradeiro do celular. Os promotores afirmam que o próprio delegado revelou ter ciência da existência de investigação sigilosa contra ele, em um vídeo divulgado em agosto desse ano. O MP também investiga quem vazou a informação da operação.

Em nota, a defesa do ex-secretário de Polícia Civil, Allan Turnowski, afirma ter “recebido com espanto, uma vez mais, essas novas ilações feitas pelo Ministério Público que tenta criar, a todo momento, artifícios e falácias contra seu cliente, evidenciando e deixando latente que inexiste indícios ou provas de que tenha cometido qualquer ilicitude”.

A defesa afirmou ainda que vai entrar com um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça, depois de dois pedidos de liberdade terem sido negados pela justiça do Rio. O ex-secretário segue detido em uma unidade para policiais civis em Niterói.

Ele ainda está na cadeia pública de Constantino Cokotós mesmo depois da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária ter ido pessoalmente despachar com o desembargador que apreciava o caso para que Turnowski fosse para unidade militar do Corpo de Bombeiros.

Em decisão, o desembargador Joaquim Domingos de Almeida Neto classificou como “esdrúxula” a tentativa de levar Turnowski para uma unidade do Corpo de Bombeiros ou para o presídio da Polícia Militar porque o juiz de primeiro grau já havia afirmado que “a cadeia pública Constantino Cokotós é “historicamente destinada” a presos da polícia civil ou agentes penitenciários, e que sabidamente a área administrativa da unidade possui comodidades adequadas para higiene e segurança.

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