DHC investiga motivação e autoria do ataque que chocou Campo Grande na noite de segunda-feira.

Um atentado brutal na Avenida Brasil, altura de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, deixou um casal morto e um bebê gravemente ferido na noite desta segunda-feira (8). O carro em que as vítimas estavam foi fuzilado por criminosos, em uma ação que, segundo a Polícia Civil, tem características de execução.
As vítimas viajavam em um veículo prata quando foram surpreendidas por uma sequência de disparos de arma de fogo de alto calibre. Dentro do carro estavam Yuri Garcez Honorato, de 23 anos, que morreu na hora, e uma mulher — ainda não identificada oficialmente — também encontrada sem vida no banco do carona. No banco traseiro estava uma bebê, que levou dois tiros na perna. Moradores que passavam pelo local prestaram os primeiros socorros e acionaram equipes de emergência.
A criança foi levada às pressas ao Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, onde passou por cirurgia de emergência. Segundo a unidade médica, a bebê segue internada em estado gravíssimo, e os próximos dias serão decisivos para sua recuperação.

INVESTIGAÇÃO EM CURSO
A ocorrência foi assumida pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que já iniciou as diligências para identificar os autores do ataque e esclarecer a motivação. De acordo com os agentes, a violência dos disparos e a forma como o veículo foi alvejado sugerem que o casal era alvo direto dos executores.
A avenida — uma das mais extensas e movimentadas do Rio — frequentemente registra confrontos relacionados à disputa territorial entre facções criminosas e grupos milicianos, especialmente na Zona Oeste. A hipótese de que a execução esteja ligada a essa guerra local não está descartada, embora a polícia ressalte que ainda não há conclusão definitiva.
IDENTIFICAÇÃO DAS VÍTIMAS E REPERCUSSÃO
Até o momento, apenas o nome de Yuri Garcez Honorato foi confirmado. Ele tinha 23 anos e, segundo registros nas redes sociais, possuía um perfil ativo voltado a conteúdos pessoais e de cotidiano. Ainda não há informações oficiais sobre eventual histórico criminal ou ameaças recentes.
A mulher morta segue sem identificação divulgada pela polícia. Há menções não confirmadas em redes sociais apontando o nome Letícia de Melo Noronha, mas a DHC afirma que a análise pericial ainda está em andamento e que nenhuma confirmação pode ser feita antes da notificação formal da família.
Publicações de moradores da região e páginas comunitárias mostram vídeos do carro perfurado, além de especulações sobre o possível envolvimento do casal em uma disputa local — contudo, nenhum desses relatos foi validado pelas autoridades.

O QUE FALTA SER ESCLARECIDO
A Polícia Civil trabalha para:
Identificar oficialmente a mulher morta;
Estabelecer a motivação exata do ataque;
Analisar câmeras da Avenida Brasil que possam ter registrado a movimentação dos atiradores;
Determinar se o veículo das vítimas era seguido ou emboscado;
Identificar a origem das armas utilizadas, que, segundo os peritos, incluem calibre de fuzil;
Localizar testemunhas que trafegavam pela via no momento do atentado.
A Avenida Brasil foi parcialmente interditada para os trabalhos periciais, o que causou lentidão no trânsito durante a noite.
O caso gerou comoção nas redes sociais, especialmente diante do fato de que um bebê estava no carro e foi alvejado sem qualquer chance de defesa.
A investigação segue sob sigilo, e novas informações devem ser divulgadas nas próximas horas.
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