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Casal de Magé procura bebê trocado em maternidade em Teresópolis

Os pais enterraram uma outra criança que tinha sido dada como morta 24 horas depois do nascimento.

Uma família vive uma angústia em busca de respostas para uma história triste que começou em 2005, em Teresópolis, na Região Serrana do Rio. A procura por uma criança que, na época, foi dada como morta 24 horas depois de ter nascido, no dia 18 de abril, no Hospital São José.

Os pais, que são de Magé, entraram na Justiça e um ano depois confirmaram, por meio de um exame de DNA, a suspeita de que o filho deles tinha sido trocado na maternidade e, portanto, o bebê que foi enterrado não era o filho deles.

Monique e Auerton contaram que a suspeita surgiu depois que a mãe de Monique, que não tinha visto o bebê quando nasceu, pediu para ver uma foto da criança que tinha sido tirada assim que ela deu à luz.

“Ela pediu pra ver a foto e perguntou ‘você é cego ou você não quer ver o que tá acontecendo?’. Essa criança não é a mesma”, disse o pai da criança Auerton André Costa.

Monique Costa Oliveira disse que, 9 meses depois do enterro, a família pediu a exumação do corpo e, quando o resultado do DNA saiu, a suspeita foi confirmada.

Uma ação de investigação de parentalidade tramita na Justiça desde 2005. A Justiça busca saber se filho do casal está sendo criado por uma outra família.

Os pais da criança disseram que entendem que o filho, que hoje estaria com 14 anos, tem uma trajetória com outra família e não querem atrapalhar o filho, mas querem ter o direito de conhecê-lo.

“Eu só queria poder olhar pra ele, abraçar ele… E dizer que eu nunca desisti dele”, disse Monique.

Vinte e cinco pessoas que tiveram filhos no período de sete dias antes e depois do dia 18 de abril de 2005 fizeram exame de DNA e não foi identificada ligação sanguínea com o bebê da família.

A família entrou com um processo na Secretaria de Saúde de Teresópolis pedindo que todos os nascidos vivos no mês de abril de 2005 fossem intimados para fazerem o teste de DNA.

Toda a investigação segue em segredo de Justiça.

A reportagem perguntou à direção do hospital se foram feitos exames de DNA também em bebês mortos ou familiares de bebês que morreram na maternidade no mesmo período, mas até a publicação desta reportagem não teve resposta.


Magé|Online.com – Notícias