Os pais enterraram uma outra criança que tinha sido dada como morta 24 horas depois do nascimento.
Os pais, que são de Magé, entraram na Justiça e um ano depois confirmaram, por meio de um exame de DNA, a suspeita de que o filho deles tinha sido trocado na maternidade e, portanto, o bebê que foi enterrado não era o filho deles.
Monique e Auerton contaram que a suspeita surgiu depois que a mãe de Monique, que não tinha visto o bebê quando nasceu, pediu para ver uma foto da criança que tinha sido tirada assim que ela deu à luz.
“Ela pediu pra ver a foto e perguntou ‘você é cego ou você não quer ver o que tá acontecendo?’. Essa criança não é a mesma”, disse o pai da criança Auerton André Costa.
Monique Costa Oliveira disse que, 9 meses depois do enterro, a família pediu a exumação do corpo e, quando o resultado do DNA saiu, a suspeita foi confirmada.
Uma ação de investigação de parentalidade tramita na Justiça desde 2005. A Justiça busca saber se filho do casal está sendo criado por uma outra família.
Os pais da criança disseram que entendem que o filho, que hoje estaria com 14 anos, tem uma trajetória com outra família e não querem atrapalhar o filho, mas querem ter o direito de conhecê-lo.
“Eu só queria poder olhar pra ele, abraçar ele… E dizer que eu nunca desisti dele”, disse Monique.
Vinte e cinco pessoas que tiveram filhos no período de sete dias antes e depois do dia 18 de abril de 2005 fizeram exame de DNA e não foi identificada ligação sanguínea com o bebê da família.
A família entrou com um processo na Secretaria de Saúde de Teresópolis pedindo que todos os nascidos vivos no mês de abril de 2005 fossem intimados para fazerem o teste de DNA.
Toda a investigação segue em segredo de Justiça.
A reportagem perguntou à direção do hospital se foram feitos exames de DNA também em bebês mortos ou familiares de bebês que morreram na maternidade no mesmo período, mas até a publicação desta reportagem não teve resposta.
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