Brasil registra 670 mil casos de sepse por ano

AMIB promove ação de conscientização no Rio de Janeiro.

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A sepse continua sendo um grande desafio para profissionais de saúde do mundo todo. Estima-se o registro de cerca de 15 a 17 milhões de novos casos todo ano, sendo 670 mil só no Brasil. Em nosso país, a síndrome é responsável por mais óbitos do que câncer e infarto agudo do miocárdio. Dados de estudos epidemiológicos apontam que cerca de 30% dos leitos das unidades de terapia intensiva em nosso país são ocupados por pacientes com sepse grave; e a taxa de mortalidade pode chegar a 55%.

13 de Setembro é o Dia Mundial da Sepse

Esse ano, a Associação de Medicina Intensiva (AMIB) realizará em 10 de setembro, no Rio de Janeiro, no Hospital Municipal Souza Aguiar (Praça da República, 111), uma “blitz” com distribuição de material à população e esclarecimento de dúvidas sobre a sepse. Além disso, em parceria com o Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS), enviará material de esclarecimentos as 1.900 unidades de terapia intensiva brasileiras. As peças podem ser baixadas/consultadas no site www.orgulhodeserintensivista.com.br

Essa ação compõe as atividades organizadas para a Campanha Prevenção de Infecção na UTI, promovida pela AMIB e lançada em abril desse ano. “70% dos pacientes internados nas unidades de terapia intensiva recebem tratamento para algum tipo de infecção, e a possibilidade desse paciente desenvolver sepse é muito grande, pois, nesse ambiente, o risco de infecção é de 5 a 10 vezes maior do que em outros ambientes hospitalares, e pode chegar a representar 20% do total de casos registrados em um hospital”, explicou o médico intensivista Dr. Thiago Lisboa, coordenado da Campanha.

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Sobre a sepse – A sepse era conhecida, antigamente, como septicemia ou infecção no sangue. Mas, na verdade, é uma inflamação generalizada do organismo contra uma infecção que pode estar localizada em qualquer órgão. A síndrome pode levar à parada de funcionamento de um ou mais órgãos ou levar à morte, quando não diagnosticada e tratada rapidamente.

Na última década, a taxa de incidência da doença aumentou entre 8% e 13% em relação à década passada, sendo responsável por mais óbitos do que alguns tipos de câncer, como o de mama e o de intestino. Muitas são as razões desse crescimento, como o envelhecimento populacional, o aumento das intervenções de alto risco e o desenvolvimento de agentes infecciosos mais virulentos e resistentes a antibióticos.

Em países em desenvolvimento, como o Brasil, a desnutrição, pobreza, falta de acesso a vacinas e o tratamento, de forma e em tempo inadequados, contribuem para o aumento da mortalidade. Um dos principais problemas para o controle da sepse no país é o atraso no diagnóstico, motivado não apenas pelo desconhecimento da doença pelos pacientes e familiares, mas pela própria equipe de saúde. O reconhecimento precoce é a chave para o tratamento adequado. Todas as instituições devem treinar suas equipes. Isso porque o tratamento adequado nas primeiras seis horas tem clara implicação no prognóstico.

mg
Fonte: Associação de Medicina Intensiva

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