Brasil inicia tratamento de casos graves do novo coronavírus com plasma

Cientistas acreditam que o plasma de um indivíduo em recuperação pode ajudar um paciente doente por já conter anticorpos contra a infecção.

Internados em estado grave no Instituto Estadual do Cérebro (IEC), no Rio, tornaram-se no fim de semana passado os primeiros pacientes do Brasil a receber o tratamento experimental com infusão de plasma de convalescentes contra o coronavírus.

O trabalho reúne, além do IEC, o Hemorio (onde mais de 500 pessoas já se cadastraram para doar plasma) e o Laboratório de Virologia Molecular da UFRJ.

A infusão do plasma doado por pessoas que tiveram Covid-19 e se recuperaram tem obtido bons resultados em testes nos EUA e em outros países e é vista como uma esperança para salvar a vida dos doentes em estado crítico.

No Rio, duas mulheres e um homem com Covid-19, foram submetidos ao tratamento experimental.

Os cientistas acreditam que o plasma de um indivíduo em recuperação pode ajudar um paciente doente por já conter anticorpos contra a infecção. “Essa pesquisa é baseada em experiências anteriores que, há mais de cem anos, identificaram que o plasma de convalescentes podia ser útil no tratamento de pessoas ainda durante a infecção. Este conceito é denominado transferência passiva de imunidade. Se a terapia funcionar, ela poderá fornecer os anticorpos necessários para aqueles que ainda não os têm em níveis capazes de protegê-los, levando a uma melhora dos sintomas e à diminuição do vírus no organismo”, explica Luiz Vicente Rizzo, diretor-superintendente de pesquisa do Einstein.

Anticoagulante

Outra aposta da ciência que começará a ser testada também no Brasil é um anticoagulante para tratar casos graves de infecção pelo coronavírus.

Um protocolo experimental do uso do medicamento heparina está sendo finalizado por profissionais do Hospital Sírio-Libanês e deve em breve ser avaliado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep).

A substância já foi utilizada dentro de um protocolo de pesquisa de um grupo de cientistas chineses para avaliar se o medicamento diminuiria o índice de mortalidade entre pacientes com a covid-19. A hipótese era de que a heparina poderia ajudar no quadro, pois uma das complicações possíveis do vírus é um quadro de coagulação intravascular e tromboembolismo venoso.

Os primeiros resultados do estudo, publicados em 27 de março no Journal of Thrombosis and haemostasis, apontam que o número de mortes foi menor somente entre pacientes com alguma predisposição a distúrbios de coagulação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Magé/Online.com – Notícias 

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