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Boto cinza encontrado morto na Praia de Mauá revela Degradação ambiental Baía de Guanabara

Animal era monitorado por laboratório da Uerj e possuía ferimento causado por linha de pesca.

Um boto-cinza foi encontrado morto na Praia de Mauá-Magé, na Baixada Fluminense.

Esse foi o segundo boto dessa espécie encontrado morto na Baía de Guanabara só este ano. E os números não são bons com relação a essa espécie, que é nativa e símbolo da cidade do Rio.

Nos anos 40 eram cerca de 400 animais dessa espécie na Baía de Guanabara. Hoje, segundo o monitoramento do laboratório de Mamíferos Aquáticos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), a população não passa de 30 animais. Os botos estão sendo monitorados há mais de 25 anos. O filhote encontrado morto nesta quinta já possuía um ferimento por causa de linha de pesca.

“A gente sabe que esses animais moram na Baía de Guanabara, eles nascem ali e sobrevivem ali dentro. Eles não saem, como muitas pessoas pensam. Esse animal a gente acompanha desde 2015, foi quando ele nasceu e desde muito cedo ele apresentava essa linha no corpo, que provavelmente é um artefato de pesca, de pesca esportiva mesmo. Porém, a gente não pode dizer que foi isso que matou o animal. A gente percebeu que a linha saiu ao longo do tempo”, afirmou o pesquisador Rafael Carvalho.

Segundo o pesquisador, o decréscimo da população tem ocorrido rapidamente. “Os filhotes nascem ao longo do ano, mas muito poucos filhotes sobrevivem, o que mostra para a gente a realidade da Baía de Guanabara, a condição na qual aquele ambiente se encontra, aquela baixa qualidade ambiental que não permite que esses animais consigam sobreviver e a gente agora vê essa situação crítica”, afirmou.


Magé|Online.com