O veto foi anunciado por Trump em 2017.
O veto foi anunciado por Trump em 2017, citando custos médicos não especificados e afirmando que elas poderiam causar “distúrbios” no meio militar, também sem dar detalhes. Foi travada uma batalha legal contra a medida nos anos seguintes, mas a posição do então presidente foi respaldada pela Suprema Corte, em 2019, por 5 votos a 4.
Segundo estimativas, há cerca de 15 mil pessoas transgênero dentro das Forças Armadas dos EUA.
A medida era uma promessa de campanha de Joe Biden, e se junta a outras ações com foco na comunidade LGBT, incluindo uma regra para que a noção de crime de ódio também seja aplicada em casos relacionados a identidade de gênero e orientação sexual. Na semana passada, ele confirmou a indicação de Rachel Levine para o cargo de secretária assistente de Saúde — ela é a primeira pessoa transgênero a ocupar um cargo no alto escalão do governo federal dos EUA. Durante a transição, ele nomeou a comandante aposentada da Marinha, Shawn Skelly, também transgênero, para o grupo que analisou a situação do Departamento de Defesa.
Em comentário enviado ao site Axios, a União Americana pelas Liberdades Civis, um dos principais grupos de defesa dos direitos de minorias, considera que o fim do veto é “o primeiro de muitos passos essenciais não apenas para desfazer políticas discriminatórias do governo Trump, mas também para avançar mais do que qualquer governo anterior fez para reconhecer pessoas transgênero e não binárias”.