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Aumenta procura por peixe e carne entra em promoção no Rio após Operação ‘Carne Fraca’

No Mercado São Pedro, em Niterói, demanda aumentou 20% na última semana.

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Uma semana após a operação “Carne Fraca”, da Polícia Federal, já é possível detectar mudanças nos hábitos dos cariocas carnívoros. A procura por alternativas, como o peixe, aumentou. A reportagem  esteve no Mercado de Peixe São Pedro, em Niterói, um dos maiores espaços de venda do produto, com 40 lojas e que recebe até três mil visitantes por semana.

No centro comercial, a procura pelo peixe aumentou 20%, de acordo com os donos das lojas. Procurada, a Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro ( Fiperj) explicou que informalmente já recebeu relatos de aumento de interesse pelo peixe após a operação, mas não tem números oficiais.

Nos supermercados onde o peixe também é vendido a procura é grande. Já as gôndolas das carnes estampam ofertas com descontos de mais de 40%, mas continuam abarrotadas.

Os consumidores se dividem entre o receio de comprar a carne e os que procuram se informar antes de comprar. Outros revelam que estão comparando preços e buscando alternativas como a compra de carne importada do Uruguai.

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“Tenho um evento que vai ter carne e peixe. Estou pesquisando. Um amigo me passou pelo Whatsapp a informação de um outro amigo que tem um frigorífico e está vendendo carne uruguaia por preço até mais em conta”, disse o militar Luís Galvão, que comprava carnes na Tijuca, Zona Norte do Rio, na tarde desta sexta-feira (24).

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“Houve uma diferença na procura de informação e interesse em comprar peixe. As pessoas estão em dúvida e estão curiosas e muita gente está querendo aprender a escolher peixes. Os peixes populares do dia-a-dia, como tilápia, anchova e tainha, são os mais procurados”, explicou Mário Mannarino, dono de uma loja no mercado de Niterói.

Mudança de hábitos

Os comerciantes no mercado de peixe disseram que no final de semana após o anúncio, o movimento foi tão intenso que chegou a faltar mercadoria para vender. Mannarino contou ainda ter percebido na última semana uma mudança no comportamento do consumidor.
“Eles buscam qualidade e frescor. Estão mais atentos, por exemplo, aos olhos e guelras dos peixes, ao odor e às condições sanitárias onde estão expostos.

A assistente social Gisele Leão mora em São Gonçalo, cidade vizinha à Niterói. Na manhã desta sexta-feira (24) ela aproveitou um compromisso na cidade para visitar o mercado e comprar peixe para o almoço. Ela disse que já não era muito fã de carne e que agora a cortou de vez do cardápio.

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Gisele disse que está alarmada com o que vê na internet. “Não tenho mais coragem. Na semana que vem eu vou fazer um churrasco para comemorar o meu noivado e já decidi que não vai ter carne [bovina]. Vou usar outras alternativas como carré, coração de galinha e frango”, disse.

Maria Eliane Rocha Pinheiro, moradora de Cachoeiras de Macacu, no interior do estado, é consumidora de peixe e costuma fazer compras constantes no mercado. No entanto, ela diz que continua a comer carne normalmente. “Ontem mesmo eu comi churrasco. Procuro me informar e não estou assustada com as informações que circulam na internet”, disse.

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Planos para a Semana Santa

Os comerciantes de peixe no Mercado São Pedro estão apostando no aumento de procura e de vendas na Semana Santa, daqui a duas semanas. Segundo eles, este fim de semana está sendo encarado como o termômetro para avaliar o movimento.

Uma das estratégias montadas é trabalhar com os peixes mais populares que devem ter maior saída. “Estamos nos adaptando à realidade da crise econômica e à falta de salários dos servidores públicos do estado, para ter um aquecimento nas vendas”, confirma Mannarino.

Carnes em oferta

Nos supermercados visitados pela reportagem do G1, nas Zonas Sul e Norte do Rio, diferentes tipos e cortes de carne estavam em oferta nesta sexta. As reações dos consumidores variavam entre os que estão desconfiados e os que dizem que estão aproveitando as promoções para comprar.

“Eu acho que houve muito estardalhaço na operação e sem muita comprovação. São alguns frigoríficos. Eu me informo e checo as informações e aproveito para consumir. Claro que aqui no supermercado eu olho bem e avalio porque não é só porque está barato que eu vou comprar”, disse a advogada Cíntia Marrom.

Novos clientes

Reportagem também também conversou com quem trabalha em peixarias tradicionais, que ficam em áreas de produção de peixes, como a Ilha do Governador, na Zona Norte da cidade.

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Mas a mudança de hábitos também tem consequências para o comércio. Marcelo disse que os fornecedores aumentaram os preços em algumas espécies, a sardinha, o namorado e o cherne entre elas. Para o gerente de entregas, o aumento, de cerca de 15%, vai prejudicar o consumidor. “Isso pode até encarecer o produto já que as peixarias vão ter que repassar”, revelou.

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 Fonte: G1

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