O deputado Wadih Damous (PT-RJ), que participa do ato no Rio, disse que esse Dia do Trabalho tem característica especial.
O ato de 1º de Maio, Dia do Trabalho, na Cinelândia, traz mensagens contra as reformas reformas trabalhista e da Previdência e a truculência policial. As pessoas começaram a chegar por volta de 10 horas e as participações começaram pouco antes de meio-dia.
O ato acontecia de maneira tranquila até pouco antes de 13h, quando um princípio de confusão ocorreu na hora que parlamentares começavam a falar no palco. Um suposto integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) interrompeu o discurso do deputado Wadih Damous (PT-RJ) com uma bandeira da monarquia e foi agredido por manifestantes. Ele foi então retirado do local por integrantes da CUT.
O policiamento está reforçado no entorno da Cinelândia, com a participação da Polícia Militar, Guarda Municipal, Operação Centro Presente e agentes do Batalhão de Choque. Pessoas ostentam cartazes com mensagens contra as reformas trabalhista e da Previdência.
O deputado Wadih Damous (PT-RJ), que participa do ato no Rio, disse que esse Dia do Trabalho tem característica especial.
— O ato já aconteceria porque é tradição, mas neste ano é uma luta contra o Estado de exceção que vivemos, em um cenário de retirada dos direitos dos trabalhadores. Além disso, é uma resposta à repressão selvagem da última sexta-feira — afirmou.
Um grupo anima o ato ao som de músicas clássicas nordestinas, como “Asa Branca”. Organizadores prometem, ao longo do dia, forte discurso contra as reformas e retirada de direitos dos trabalhadores.
— Será um ato para mostrar a força do trabalhador — afirmou Roberto Ponciano, diretor da CUT-Rio.
A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), disse que a luta do trabalhador será na rua, contra o governo, reformas e repressão:
— Nossa luta é unificada. Vamos continuar nossa batalha, pois o discurso do presidente Temer, de que as reformas trarão direitos, é mentira. A reforma trabalhista é um massacre contra o trabalhador. Além disso, rasgaram a CLT. Porém, os 40 milhões que foram para as ruas na última sexta-feira mostrarão sua força.
A crise financeira do Rio também fez parte dos discursos. Os deputados estaduais Marcelo Freixo (Psol) e Flavio Serafini (Psol) destacaram a crise do Estado e pediram apoio da Polícia Militar (PM).
— É preciso que a PM saiba de que lado está. Se as reformas passarem, vocês (PMs) também não irão se aposentar com dignidade — disse Freixo.
Sindicatos prometeram nova greve geral durante o ano.
— O que aconteceu na última sexta-feira foi apenas o começo das mobilizações — disse um integrante da CUT.
PROCESSO POR AGRESSÕES
O deputado federal Alessandro Molon (Rede-RJ) afirmou que parlamentares preparam um documento para enviar ao Ministério Público Federal (MPF) e à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara para investigar e punir policiais agressores da última sexta-feira.
Diretora-executiva da CUT-Rio, Camila de Melo diz que a expectativa é de que dez mil pessoas participem do ato. A pauta principal, além do Dia do Trabalho, é o repudio à repressão policial violenta que ocorreu na última sexta-feira, no Rio e em outros estados do país.
— Não podemos admitir violência contra a liberdade de expressão — afirma.