Asfalto de parceria fora do padrão olímpico

Solução para revitalização da Reta está desnivelada, esfarelando e avançando sobre bueiros e meio-fios.

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É de consciência geral que a Prefeitura de Teresópolis trava uma luta contra o calendário. Faltando menos de 20 dias para a passagem da Tocha Olímpica pelo município, operários trabalham intensamente para deixar as avenidas Feliciano Sodré e Lúcio Meira prontas para o evento internacional. Com tanta correria, o asfalto que está sendo aplicado no Centro da cidade acaba deixando um rastro de problemas.

O pavimento avança sobre bueiros e tampas de inspeção de prestadores de serviço, o que pode representar problemas para os técnicos que futuramente vão trabalhar nessas entradas ou mesmo desobstruir bueiros. Outro problema é o nível em que a pavimentação está alcançando, chegando em alguns trechos a se equiparar e até superar as calçadas.

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O precioso material que está sendo aplicado na pista Várzea – Alto das avenidas Lúcio Meira e Feliciano Sodré foi adquirido pela bagatela de R$ 5 milhões. O produto foi comprado em parceria com o Departamento de Estradas de Rodagem – DER – do Estado do Rio e faz parte do processo de preparação dos municípios para a passagem da Tocha Olímpica, evento previsto para acontecer em Teresópolis no dia 30 de julho. Curiosamente, como a chama olímpica virá de Petrópolis e seguirá para Guapimirim, o percurso deverá ser exatamente o que está sendo beneficiado pelo pavimento. Resta saber quando a pista contrária vai receber o benefício. Se é que ele vai chegar lá.

Pavimentação noturna.

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A correria salta aos olhos. O processo de pavimentação, feito à noite por equipamentos e máquinas especiais cedidos pelo próprio DER, é veloz e eficiente. Porém, lamentavelmente, o novo asfalto está sendo aplicado diretamente sobre o anterior, sem qualquer providência de remoção do material desgastado. Em vários pontos foram produzidos desnivelamentos da pista por conta da pavimentação e da espera pela nova camada que vai completar todo o eixo da via. Durante o dia, homens e máquinas da Prefeitura trabalham na preparação do canteiro central e também na limpeza dos trechos que ainda não receberam o novo asfalto.

A pressa deixa seu preço. Vários bueiros acabaram recebendo forte carga desse material. O que não está dentro das bocas de lobo, acaba selando as suas grades, situação que vai dificultar a vida dos próprios funcionários públicos, visto que os mesmos bueiros carecem de manutenção regular. As tampas de ferro das chamadas caixas de inspeção, utilizadas principalmente por fornecedoras de serviço de telefonia, água e energia elétrica, estão igualmente cobertas pela pressurosa pavimentação. Quando forem acessadas, vão se transformar em obstáculos na via, a exemplo do que já acontece hoje em vários pontos da cidade. O mesmo produto que avança sobre as caixas está ainda se esfarelando e é fácil encontrar farta quantidade desse material juntos aos meio-fios ao longo da Reta.

Como o novo asfalto está sendo aplicado sobre o antigo, outro problema que surge é o nivelamento da pista de rolamento com as calçadas que compõem o passeio público. Em alguns pontos a rua está mais alta do que a calçada. Situação que preocupa comerciantes, especialmente em períodos de chuva mais forte. Essa situação, aliada à problemática da conservação dos bueiros provoca uma equação cujo resultado aponta para o prejuízo dos empresários.

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Vagas de estacionamento escassas

A nova norma em torno das regras para estacionamento na Várzea deixou ainda mais complexa a tarefa de se obter uma vaga para estacionar no centro de Teresópolis. Se antes era difícil, imagine agora com a transferência das paradas de veículos para o lado direito das pistas centrais. Antes havia um canteiro inteiro e exclusivo para esse tipo de parada, agora os veículos concorrem com paradas de ônibus, entradas de garagem, vagas exclusivas e espaços proibidos por questões de circulação e rolamento, como esquinas e pontos de fuga. Com isso, muitos motoristas estão lançando mão de parar seus carros em estacionamentos particulares. Donos desse tipo de empreendimento localizado no centro da cidade confirmam que já é sensível o aumento no número de clientes. O detalhe é que, quanto mais próximo da área central da Várzea, mais caro custa parar. Os preços variam entre R$ 1,50 por hora de uso, chegando até R$ 4 por um período de 30 minutos. Caminhar e pesquisar é preciso.

A Prefeitura de Teresópolis foi questionada sobre os detalhes observados nesta reportagem. Por e-mail, perguntamos sobre a realização de acabamento e manutenção do novo asfalto, já que existe ‘esfarelamento’ e avanço sobre grades de bueiros e tampas de serviços. Questionamentos ainda sobre o serviço na pista contrária, que não vai receber a Tocha e também a respeito do nivelamento da pista com calçadas e passeios públicos. Como de costume, seja por negligência, imperícia ou mesmo incompetência, as perguntas ficaram sem as devidas respostas.

RedeFonte: Net Diário

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