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Arábia Saudita admite morte de jornalista Jamal Khashoggi

Versão do governo saudita é que uma briga entre jornalista e pessoas que o atenderam no consulado levou à sua morte.

A Arábia Saudita confirmou a morte de Jamal Khashoggi, jornalista desaparecido desde o dia 02 de outubro, quando entrou no consulado de seu país em Istambul. O país também informa sobre a demissão de um oficial da inteligência e a prisão de 18 pessoas ligadas ao assassinato.

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O motivo da morte do jornalista seria uma briga entre ele e funcionários do consulado, disse o governo.

Ahmed El Asiri que atuava no  serviço geral de inteligência – foi demitido segundo informações do procurador saudita. Estes são os primeiros passos da investigação, que deve continuar até seu desfecho. Um comitê ministerial teria sido criado após ordem do rei Salman, para reestruturação da agência geral de inteligência do país.

O jornal americano The Washington Post publicou na noite de quarta-feira, 17, oúltimo artigo escrito por Jamal Khashoggi, o jornalista saudita que desapareceu depois de ser visto entrando no consulado da Arábia Saudita em Istambul, Turquia.

Morte de Jamal Khashoggi

Jamal foi ao consulado saudita para resolver pendências documentais para seu casamento. Foi filmado entrando, mas jamais visto saindo. A polícia da Turquia começou então a investigar o seu paradeiro e a investigação apontou o prédio oficial da Arábia Saudita como sendo o local da morte do jornalista. Seu corpo, fontes disseram a rede de notícias CNN, teria sido mutilado após um interrogatório.

O príncipe Mohammed bin Salman vem tentando vender ao mundo uma ideia de modernização do país, e a repercussão do caso arranhou essa tentativa de reconstrução da imagem da Arábia Saudita. Grandes bancos europeus cancelaram a participação em uma cúpula financeira em Riad, capital do país, assim como ministros de finanças europeus. Autoridades dos EUA, maior aliado do reino, disseram que iriam avaliar a presença na conferência.

Fonte: Exame