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Após matar a namorada, adolescente apreendido confessa o crime

O autor do crime, que é traficante, não aceitava o fim do relacionamento.

O adolescente de 16 anos apreendido por policiais da Delegacia de Homicídios da Capital por fato análogo a feminicídio, cometido na manhã de quinta-feira contra Rayane Barroso de Castro, de mesma idade, em Guadalupe, se apresentou na 30ª DP (Marechal Hermes), no período da tarde, e confessou o crime. Ele também foi autuado por fato análogo a receptação.

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O autor do crime, que é traficante, não aceitava o fim do relacionamento e já vinha ameaçando a jovem.

É uma tristeza grande né? Eu não criei minha filha para perder assim por 13 tiros de covardia”, destacou Paulo da Costa, pai da vítima.

Na manhã de quinta-feira (15), Rayane disse para a família que estava indo para a praia. Ela estava sozinha em casa. Parentes contaram que o ex-namorado entrou na casa, tirou a menina à força e a matou no meio da rua.

“Ela já tinha terminado com ele, mas como o moleque era do tráfico de drogas, não aceitou e foi atrás dela”, afirmou um dos parentes.

O ex-namorado é integrante do tráfico de drogas da favela do Muquiço, emGuadalupe, Zona Norte do Rio. No local do crime, ele deixou uma moto roubada. O celular da vítima também foi apreendido. Ela vinha recebendo ameaças por Whatsapp.

Se você ficar de graça vai acabar acontecendo uma desgraça entre a gente mesmo, Rayane”, ameaçou o autor do crime em mensagens pelo celular.

Rayane respondeu: “Me esquece cara, vai viver a sua vida, não quero mais saber de você”.

Em seguida, mais uma ameaça: “Vou viver a minha vida, mas você não vai viver a sua não”.

De acordo com a família de Rayane, o adolescente apreendido é seu ex-namorado, que não aceitou o fim do relacionamento. Segundo uma prima da jovem, que preferiu não se identificar, Rayane terminou o namoro há cerca de duas semanas, mas o ex continuava tentando reatar.

— Ele foi até a casa dela e a ameaçou para subir na moto e conversarem em outro lugar. Ela ficou com medo, mas foi e não avisou a ninguém sobre isso. A mãe dela estava trabalhando. A Rayane tinha marcado de ir para a praia com as primas. Quando a mãe dela soube, ficou arrasada, desesperada. Todo mundo da família ficou sem chão — contou a parente.

— Ele premeditou o crime. Sabia que pela manhã eu não estava em casa, porque saio cedo para trabalhar. Minha filha estava dormindo quando ele apareceu lá. Matou minha filha porque a menina não queria mais ficar com ele. Foi uma covardia. Soube que a Rayane ainda tentou colocar a mão na frente dos tiros para tentar se defender, mas ele descarregou a arma e a matou — disse, em meio a lágrimas, Luciara Barroso, de 32 anos, mãe de Rayane.


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