Por onde anda Tônia Carrero? Aos quase 94 anos, a atriz “não anda nem fala”

Aos 93 anos, a atriz reapareceu em uma foto ao lado de filhos, netos e outros familiares.

A imagem, publicada pelos parentes, mostra Tônia debilitada, sentada em uma poltrona e segurando a mão de uma integrante da família.

Sobrinho de Tônia Carrero, o ator e diretor Leonardo Thierry explicou o estado de saúde da tia. Em 2000, a atriz foi diagnosticada com hidrocefalia oculta, acúmulo de líquido na cavidade craniana. A doença é hereditária e não tem cura. Tônia implantou uma válvula para transferir o líquido para o abdômen, porém precisou refazer a cirurgia em 2008.

“Ela não anda mais, se desloca em cadeira de rodas e raramente fala, e leva muita gente a achar que ela não está lúcida, mas ela está”, diz Thierry.

A atriz faz fisioterapia regularmente e seu estado de saúde segue estável, de acordo com o sobrinho, que nega que a tia tenha Alzheimer.

Tônia Carrero aparece em duas imagens no Facebook. Nos comentários, amigos e conhecidos desejaram melhoras e mandaram orações para a atriz, que está visivelmemente abatida.

Atualmente, ela mora no Rio de Janeiro com o sobrinho, Thierry, e o filho, Cécil Thiré.

Tônia está afastada da TV desde 2004, quando fez uma participação especial em “Senhora do Destino”. Seu trabalho mais recente como atriz foi no filme “Chega de Saudade” (2008). Em 2012, aos 90 anos, ficou internada durante cinco dias no Rio de Janeiro com um quadro de pneumonia.

Principais trabalhos

Tônia entrou para a televisão na década de 60 na primeira versão da novela “Sangue do Meu Sangue”, de Vicente Cesso, ao lado de Fernanda Montenegro e Francisco Cuoco. Nos anos 70 migrou para a Globo com personagens de destaque nas novelas “Pigmalião 70”, “O Cafona” e “Uma Rosa Com Amor”.

Um dos maiores sucessos da atriz na televisão foi a personagem Stella Fraga Simpson, na novela “Água Viva”, de Gilberto Braga, em 1980. Sete anos depois, contracenou com o amigo Paulo Autran em “Sassaricando”, de Sílvio de Abreu, vivendo Rebeca Rocha.

No teatro, participou de grandes produções como “Navalha na Carne”, de Plínio Marcos, com direção de Fauzi Arap, em 1969. A peça incomodou o regime militar e foi um sucesso de crítica e público.

Outros trabalhos foram “Quem tem Medo de Virginia Woolf?”, dirigida por Antunes Filho, em 1978 e “Quartett”, dirigida por Gerald Thomas, em 1986.

Tônia foi uma das principais estrelas da Companhia Cinematográfica Vera Cruz, o mais importante estúdio do país na década de 50. Dentre os trabalhos estão “Tico Tico no Fubá” (1952), dirigida por seu segundo marido Adolfo Celi e “Quando a Noite Acaba” (1950), de Fernando de Barros.

Tônia Carrero é mãe do ator Cecil Thiré e avó dos atores Miguel Thiré, Luísa Thiré e Carlos Thiré.

Magé|Online.com