Vladimir Putin, afirmou em 2018 que só usaria armas nucleares como resposta a um ataque confirmado com mísseis contra o território russo.

As agências de notícias russas informam neste domingo (27) que o presidente do país, Vladimir Putin, colocou em alerta o sistema de defesa nuclear da Rússia para prevenção de possíveis ataques. Apesar de não haver nenhum posicionamento de que algum país ocidental entrará no conflito , a medida foi tomada por precaução.
Putin ainda afirmou à agência Tass que as sanções anunciadas pelos ocidentais são “ilegítimas“.
O quarto dia de ataques da Rússia contra a Ucrânia focou em estruturas sensíveis de gás, petróleo e energia e está sendo marcado por um forte bombardeio em Kharkiv , a segunda maior cidade do país, neste domingo (27).
Um prédio de nove andares com residências civis foi atingido por um míssil russo e deixou uma mulher morta e 20 pessoas precisaram ser evacuadas. Outros 60 moradores haviam se refugiado em uma área subterrânea e não foram feridos.

Bombardeios russos atingem a cidade ucraniana de Kharkiv
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez dois pronunciamentos neste domingo e acusou Belarus de estar dando apoio aos ataques. Para o mandatário, as tropas russas estão “matando civis” de propósito e atacando cidades que nunca tiveram “nenhum tipo de estrutura militar”.
Além dos ataques em Kharkiv, os russos atingiram plantas de fornecimento de energia próximas a Kiev e o porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov, afirmou que as cidades de Kherson (sul) e Berdyansk (sudeste) foram “completamente” assediadas. Também há registro de ataques à cidade de Bucha, que fica a cerca de 30 quilômetros da capital, e ali também foi atingido um prédio residencial civil.
Zelensky afirmou ainda que “os ataques da Rússia contra a população civil e às infraestruturas têm características de um genocídio e merecem um tribunal internacional”. Desde que os ataques foram iniciados, o mandatário alertou que Kiev irá denunciar Moscou no Tribunal Penal Internacional de Haia.

Em março de 2018. o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que o seu país só usará armas nucleares como resposta a um ataque confirmado com mísseis contra o território russo, num documentário transmitido hoje pela televisão estatal “Rossiya”.
“Eu quero que saibam no exterior. Todos os nossos planos teóricos de uso (de armamento nuclear) são de resposta. A decisão de usar armas nucleares só pode ser tomada se os nossos sistemas (de radares) detetarem não apenas a descolagem de mísseis como trajetória exata dos seus voos e a hora do seu impacto no território russo“, afirmou o presidente.

Potências nucleares e o Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares
Atualmente, o mundo possui nove países com arsenal nuclear:
China
Coreia do Norte
Estados Unidos
França
Índia
Israel
Paquistão
Reino Unido
Rússia
Além desses, outros cinco abrigam em seus territórios ogivas nucleares dos Estados Unidos:
Alemanha
Bélgica
Holanda
Itália
Turquia
Desses países, nem todos assinaram o TPAN, e dos que assinaram, nenhum ratificou o tratado com receio de perder seu arsenal ou não contar com a “proteção” dessas armas em um possível ataque militar.
Críticos do TPAN afirmam que esse tratado sem a presença das potências nucleares não surtirá efeito algum, uma vez que a causa do problema não será enfrentada. Entretanto, os otimistas em relação ao TPAN alegam que esse documento é um avanço e mudará o discurso mundial sobre a visão de armas nucleares, mostrando que elas não são a solução para os fins militares, mas sim um grande estorvo.
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