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Aécio Neves fraudou licitação em obra de MG, diz delator

De acordo com o delator, esses valores ficaram entre 2,5% e 3% sobre o total dos contratos.

screen-11.00.39[02.02.2017]

O ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Júnior, afirmou em sua delação premiada à operação Lava Jato que teria se reunido com o senador Aécio Neves (PSDB-MG) para negociar um esquema fraudulento em licitação na obra da Cidade Administrativa para favorecer grandes empreiteiras. A reunião de acordo com Benedicto, ocorreu quando Aécio era governador de Minas Gerais.

De acordo com informações apuradas, Benedicto Júnior, conhecido como BJ, disse aos procuradores que, após o acerto, Aécio orientou as construtoras a procurarem Oswaldo Borges da Costa Filho, o Oswaldinho. Com ele, o percentual de propina que seria repassado pelas empresas no esquema teria sido definido. De acordo com o delator, esses valores ficaram entre 2,5% e 3% sobre o total dos contratos.

Oswaldinho é um colaborador das campanhas do hoje senador mineiro. Segundo a reportagem o ex-executivo da Odebrecht afirmou que o próprio Aécio teria decidido quais empresas participariam da licitação para a obra.

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As informações fornecidas por BJ em sua delação premiada foram confirmadas e complementadas, segundo pessoas com acesso às investigações, pelos depoimentos do ex-diretor da Odebrecht em Minas Sergio Neves. O ex-diretor aparece nas investigações como responsável por operacionalizar os repasses a Oswaldinho e é ele quem detalha, na delação, os pagamentos a Aécio.

Líder do consórcio, que contou com Andrade Gutierrez, OAS e Queiroz Galvão, a Odebrecht era responsável por 60% da obra e construiu um dos três prédios que integram a Cidade Administrativa, o Edifício Gerais.

Benedicto Júnior e Sergio Neves estão entre os 77 funcionários da Odebrecht que assinaram acordo de colaboração com a Lava Jato. As delações foram homologadas pela presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Carmén Lúcia, e enviadas à Procuradoria-Geral da República, sob sigilo.

Em nota, Aécio repudiou o teor do relato de Benedicto Júnior e defendeu o fim do sigilo sobre as delações “para que todo conteúdo seja de conhecimento público”.

Projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012), a Cidade Administrativa, sede do governo mineiro, custou R$ 2,1 bilhões em valores da época. Inaugurada em 2010, último ano de Aécio como governador, foi a obra mais cara do tucano no governo de Minas.

RedetvFonte: JB

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