Exposição itinerante “Mar de lixo não tem peixe” abre os trabalhos do Guanabara Blue.
Representantes de 20 empresas que atuam no entorno da Baía de Guanabara planejam pôr em prática uma série de ações que visam frear o impacto industrial na qualidade da água da Baía. Uma das atividades que os empresários devem desenvolver no primeiro semestre deste ano é uma a exposição itinerante, que passará por todas as empresas que fazem parte do projeto Guanabara Blue. A iniciativa é um acordo firmado entre empresários que utilizam a Baía para fins socioeconômicos e desejam proteger o território marítimo.
Com o intuito de conscientizar os funcionários e colaboradores que prestam serviço no setor marítimo, os representantes traçaram metas com foco nas iniciativas de educação ambiental. Uma das primeiras atividades que o projeto deve desenvolver é a exposição “Mar de lixo não tem peixe”, que deve passar por todas as empresas, mostrando o efeito devastador que a poluição causa ao ecossistema.
Além disso, ações internas serão realizadas com o intuito de garantir que o lixo industrial será despejado no local designado e evitar que resíduos poluam a Baía. Visitas em Universidades também estão programadas para este ano. O plano é conscientizar os estudantes e promover ações de limpeza em toda a extensão da Bacia. “Percebemos que não basta uma empresa decidir frear o impacto do lixo industrial na Baía. Esse trabalho necessita da união das forças privadas, uma vez que a Bacia Hidrográfica é o canal de serviço de diversas empresas dos 16 municípios que estão no entorno da Baía. Portanto, acreditamos que ao conscientizar os funcionários, consequentemente, estaremos influenciando a sociedade. Nossa ideia é mudar o comportamento do cidadão, mostrando a importância do papel de cada indivíduo no meio de convívio”, afirma a ambientalista e fundadora do Instituto Baía de Guanabara, Dora Negreiros.
O conjunto de ações faz parte do projeto Guanabara Blue, que nasceu através de um acordo firmado entre empresários com o objetivo unir as iniciativas individuais já realizadas pelos órgãos privados. O projeto, que foi lançado pelo Instituto Baía de Guanabara (IBG) em parceria com a SBM Offshore, trata-se de compromisso moral entre estaleiros navais, cooperativas de pesca, empresas de transporte marítimo e clubes náuticos que comprometeram-se a zelar pela vida do ecossistema existente na Baía. “Por meio dessas estratégias alcançaremos nossa meta e o impacto ambiental será reduzido significativamente. Sabemos que o trabalho é gradativo, por isso, temos o interesse de atrair novos parceiros, visto que o projeto tem a responsabilidade de cuidar de um patrimônio que pertence a todos. Esse pacto transcende as relações políticas e empresárias, unificando a força dos órgãos que desejam mudar a realidade da Baía de Guanabara nesta década, ao invés de esperar que o governo tome uma providência no futuro”, garante o representante da SBM Offshore, Romain Aubry.