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Trabalhadores do Comperj denunciam trabalho contínuo sem respeito a normas protocolares contra corona vírus

Segundo trabalhadores, nenhuma empresa do consórcio GTR3, parou de funcionar. 

Funcionários do consórcio GTR3, composto pelas empresas Keuri e Toyo Setal, vencedoras da licitação para concluir a obra das utilidades do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (COMPERJ), denunciam empresas por não cumprir medidas de prevenção ao corona vírus.

Coronavírus: medo e preocupação no COMPERJ

Segundo denúncias, empresas não paralisaram nenhuma atividade e operam continuamente de domingo a domingo. “Nenhuma das empresas, dentro ou fora do Comperj parou.” Denuncia um trabalhador que pediu para não ser identificado, temendo represália.

Um funcionário do consórcio apresentou sintomas de contaminação pelo vírus e a empresa encaminhou o trabalhador para sua residência. Amigos de trabalho, declaram que não tiveram mais notícias do estado de saúde do trabalhador e temem pelas próprias vidas. “Ele estava alojado com outro companheiro e até a presente data, nenhuma providência foi tomada para evitar contaminação, não houve satisfação da empresa quanto ao estado de saúde do amigo e o caso continua as escuras.”    

A Petrobras, e as empresas do consórcio não emitiram qualquer posicionamento quanto ao caso.

Atualmente, estão em andamentos as obra das utilidades do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (COMPERJ), com prazo para conclusão das obras é de 18 meses. O contrato foi assinado no dia 16 de setembro, e a Petrobras emitiu a “AS” autorização de Serviços em 14 de outubro .

São mais de 8 mil funcionários alocados dentro das instalações do Comperj, trabalhando continuamente. O empreendimento é relativo a  construção e montagem eletromecânica do trecho terrestre do projeto gasoduto ROTA 3 (Gasoduto Maricá – COMPERJ), com início na praia de
Jaconé, em Maricá, até o complexo petroquímico do Rio de Janeiro, atravessando
os municípios Maricá e Itaboraí, no Estado do Rio de Janeiro.

Funcionários pedem as autoridades atenção ao caso e declaram o desconforto e preocupação quanto a integridade salutar das pessoas que estão expostas sem qualquer protocolo de controle de contaminação pelo vírus Covid-19 nas instalação do Complexo Petroquímico.

A única medida tomada ficou por conta dos próprios trabalhadores, que adquiriram máscaras na tentativa de minimizar os riscos de contaminação e seguir as recomendações e orientações básicas de higiene.

Ações imediatas mais enérgicas

Não é mais possível que diante de um momento grave de saúde pública, a gestão da Petrobrás continue agindo para prejudicar os petroleiros e sem responsabilidade social com toda a população, de forma alinhada com o desgoverno Bolsonaro.

Veja as denúncias:

  • Há pessoas com febre, tosse e diarreia que estão trabalhando normalmente tanto nas obras quanto nos setores administrativos;
  • Segundo decreto do Governo Estadual do Rio de Janeiro, desde quarta (18), a circulação de ônibus intermunicipais, vans e afretamentos deve estar restrita às cidades, mas os trabalhadores de vários municípios da região metropolitana continuam chegando em ônibus lotados à Itaboraí. São viagens com duração de duas horas em média, não há higienização dos veículos nem o controle dos sintomáticos para o coronavírus. Apenas estão em casa os trabalhadores de Teresópolis, Petrópolis e Cabo Frio. Todos os outros estão no serviço;
  • Os terceirizados estão sob gerências em áreas distintas e distantes umas das outras, mas eles chegam e saem do trabalho juntos de forma aglomerada. As contratadas estão mantendo o serviço a todo vapor no COMPERJ. Há por exemplo, grupos de dois mil e quinhentos trabalhadores num mesmo espaço. As empreiteiras não dispensaram os trabalhadores, alegando ter um contrato a cumprir. Essas contratadas só recebem o que é contratado no campo, então elas não querem tomar a iniciativa de parar a produção, visando o pagamento;
  • A Petrobrás sequer determinou que estas empresas cumpram medidas preventivas ao COVID-19. Para os terceirizados, o uso dos refeitórios é mais um problema, pois continua a ser feito normalmente.

Antonio Alessandro, Magé/Online.com – Notícias  

 

 

 

 

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