Polícia faz operação no Complexo da Pedreira após noite de violência com guerra entre facções

Não há informações sobre novos confrontos.

O Complexo da Pedreira, em Costa Barros, na Zona Norte do Rio, é palco de uma operação policial na manhã desta sexta-feira, após uma noite de muita violência na região com uma guerra entre facções rivais. Agentes das polícias Civil e Militar do 41º BPM (Irajá) e do Batalhões de Operações Especiais (Bope) atuam no conjunto de favelas e em suas imediações. Não há informações sobre novos confrontos.

O tenente-coronel Mauro Fliess, porta-voz da PM, disse, que a corporação já tinha informações de uma possível guerra de facções na Pedreira. Mas destacou que há 800 favelas em todo o Estado do Rio e, por isso, não há como “ficar exclusivamente à mercê de uma comunidade”:

A corporação já tinha dado inteligência que mostrava instabilidade no local, uma possibilidade de invasão. Foi ativado um plano de cerco. Importante frisar: temos 800 comunidades no Rio de Janeiro. Não podemos ficar exclusivamente à mercê de uma só comunidade A corporação atua em todo o estado.

O oficial disse que não há confirmação sobre mortos no local segundo moradores, seriam 30.

(Estamos realizando) uma ação integrada das secretarias da Polícia Militar e da Polícia Civil, um planejamento para pós invasão: cercar a área invadida e atuar lá dentro, de dia, para garantir integridade da nossa tropa e das pessoas de bem que moram naquele local disse Fliess.

Rastro de violência

Na Avenida Pastor Martin Luther King Jr é possível ver o rastro da violência que tomou o local: carcaças dos ônibus incendiados permaneciam na via até as 7h20. Foram sete coletivos destruídos, ao todo.

O Rio Ônibus informou que as empresas que têm ônibus que circulam pelas imediações da Pedreira estão colocando a frota na rua, na manhã desta sexta. “Mas não temos condições de informar neste momento se o número de ônibus nas ruas daquela região está normalizado”, disse nota enviada pelo órgão.

Já o MetrôRio diz que a estação Engenheiro Rubens Paiva, na Pavuna, funciona normalmente — nesta sexta à noite ela ficou fechada por cinco minutos por causa do confronto na região. Segundo a concessionária, essa suspensão nas atividades foi preventiva.

Baleados

Durante a noite desta sexta, dois homens deram entrada baleados no Hospital estadual Getúlio Vargas, na Penha. Um deles foi atingido de raspão. O outro seria sargento do Exército e estaria voltando para casa quando ficou no meio do tiroteio em Costa Barros. Ele foi atingido na barriga; o projétil atingiu os rins. Não há informações ainda sobre seu estado de saúde.

A Polícia Civil investiga se uma traição está por trás da invasão. Criminosos do Morro da Quitanda, que faz parte da Pedreira, teriam apoiado a invasão de traficantes do Complexo do Chapadão ao local. Eles estariam insatisfeitos com o chefe do tráfico da Pedreira, Emerson Brasil da Silva, o Raro, preso em setembro. Bandidos do Chapadão usaram as redes sociais para postarem várias fotos em diversas localidades da Pedreira, como as favelas Terra Nostra e Lagartixa.

Fonte: Jornal Extra

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