“A Globo colocou o oficial de Justiça dentro do meu camarim.
Mesmo após brincadeiras com William Bonner, o candidato Ciro Gomes (PDT) se mostrou insatisfeito com o debate da Globo na madrugada desta sexta-feira (5). Furioso, ele demonstrou toda a sua revolta nas redes sociais, após a permissão dada pelo canal para que um oficial de Justiça entrasse em seu camarim.
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Na ocasião, ele foi notificado de uma ação na Justiça eleitoral, por um processo movido pelo candidato do PSDB ao governo de São Paulo, João Doria, que teria sido chamado de “farsante” por ele. No processo, Ciro é acusado por calúnia, difamação e injúria, e a intimação a Ciro foi expedida somente nesta quinta-feira.
“A Globo colocou o oficial de Justiça dentro do meu camarim. O Doria conseguiu que uma juíza do Rio de Janeiro mandasse o oficial de Justiça agora, uma hora da manhã, no camarim que a Globo deu, e a Globo deixou o cara entrar”, disparou ele, que ainda fez declarações polêmicas em entrevista à GloboNews.
Na ocasião, Ciro acusou a Globo de querer que as eleições terminassem no primeiro turno: “Claro que a Globo gostaria que fosse assim, mas ela felizmente não manda. Tem certa influência, mas não manda”.
MAIS POLÊMICA
A Record decidiu gravar uma entrevista exclusiva com Jair Bolsonaro (PSL), que deixou claro que não estaria presente no debate da Globo.
A emissora, assim como as demais, no entanto, não possuía o direito fazer entrevistas individuais, beneficiando um ou outro candidato. É o que informam os advogados consultados pela Revista Fórum.
Dessa forma, tanto a Globo quanto os demais candidatos, Alvaro Dias (Podemos), Ciro Gomes (PDT), Fernando Haddad (PT), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB) e Marina Silva (Rede), poderiam ter entrado com um recurso para impedir a veiculação da reportagem na Record.
Conforme já noticiamos, Jair decidiu não participar do evento junto aos demais, alegando ordens médicas, no entanto, de acordo com o colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo, ele gravou uma entrevista exclusiva com a Record, cujo objetivo é enfrentar o debate da concorrência e atrair para si todas as atenções do público no horário.
Aparentemente, foi uma espécie de “parceria”, que será favorável para ambos os lados. Surpreendentemente, o proprietário da Record, o bispo Edir Macedo, declarou apoiar Jair Bolsonaro nas eleições deste ano, assim como havia apoiado Dilma Rousseff em 2014.
Vale lembrar que a decisão de não comparecer ao debate da Globo, foi tomada nesta quarta-feira (3), diante de uma “proibição” que, teoricamente, partiu do cirurgião Antônio Macedo. Ele afirmou ter vetado a sua participação no evento que será realizado nos Estúdios Globo.
Esse será o último debate entre quase todos os demais candidatos, menos ele e alguns que não ou pouco pontuam nas pesquisas.
A decisão, todavia, vem causando controvérsias nas redes sociais, já que Bolsonaro havia sido liberado para participar do debate da Record no último domingo.
Segundo o médico, o político precisará ficar em repouso entre sete e dez dias, com uma nova avaliação marcada apenas para a semana que vem, após o primeiro turno das eleições.
Vale lembrar que o candidato Ciro Gomes, que estagnou nas pesquisas e está com a sua presença confirmada na Globo, já havia ironizado a ausência de Bolsonaro no debate da Record.
Na ocasião, ele havia insinuado que o concorrente não compareceria ao debate de quinta-feira, sugerindo que o opositor apelasse para um “falso atestado médico de repouso”. Será que Jair acatou a ideia?
Nas redes sociais, o público insinua que trata-se de uma estratégia, já que o seu “sumiço” e a falta de exposição na mídia vem fazendo com que o seu nome avance nas pesquisas.
Fonte: TV FOCO