Eleições em números: Dinheiro das eleições daria para melhorar a nação.

Dinheiro a rodo na política de caça aos votos.

Dos R$ 843 milhões distribuídos pelos partidos para as campanhas ao Congresso Nacional, R$ 563 milhões, 67%, foram para as mãos de quem tem ou já teve mandato como senador ou deputado federal.

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O grupo que ficou com os 33% restantes, porém, também está povoado por figuras carimbadas, como a ex-presidente Dilma Rousseff (PT-MG, R$ 2,7 milhões), ou apadrinhadas por profissionais da política, como Flávia Arruda e Danielle Cunha (MDB-RJ, R$ 2 milhões), filha de Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara preso por corrupção e lavagem de dinheiro.

A principal credencial eleitoral de Flavia Arruda é ser mulher do ex-governador José Roberto Arruda, que a lançou como candidata por estar impossibilitado de concorrer pela Lei da Ficha Lima — ele foi condenado em segunda instância por improbidade administrativa.

— Realmente, tem que investir em pessoas que nunca tiveram cargo. Por ter que destinar 30% do fundo às mulheres, o partido mandou essa verba para mim — afirmou Flávia, que disse ter sido surpreendida pelo valor recebido. — É a única forma de fazer campanha, já que não somos empresários, mas talvez a gente nem utilize o valor inteiro.

As eleições brasileiras são consideradas pelos especialistas como as mais caras do mundo.

A festa da democracia no País custa aos cofres da união, para serem distribuídos aos Partidos  e posteriormente a  candidatos, R$ 1,358 bilhão. Em 2014 o Brasil foi o país que mais gastou dinheiro para realizar o pleito, 5,1 Bilhões.

Se comparado com o financiamento eleitoral total calculado pela ONG Transparência Brasil desde 2002, trata-se do maior valor da série já corrigido pela inflação. Naquele ano, foram gastos R$ 792 milhões.

O que poderia ser feito com tantos recursos?

Com os R$ 5,1 bilhões gastos nas campanhas é possível, por exemplo, construir uma nova linha de metrô, levantar mais de 20 novos hospitais e pagar quatro meses de Bolsa Família para todos os brasileiros que recebem o benefício.

Além de superior em valores nominais, os gastos no Brasil não incluem o chamado horário eleitoral gratuito, que se trata, de fato, de benefício fiscal dado às emissoras de rádio e TV. Elas são ressarcidas por meio desse benefício.

O sistema eleitoral adotado pelo país desde 1945 (o proporcional de listas abertas para preencher as vagas na Câmara dos Deputados, nas assembleias estaduais e mesmo nas câmaras municipais) obriga o candidato a disputar votos em uma área física muito grande.

Os dois partidos que declararam maiores gastos nessa campanha foram PT e PSDB, como já era esperado. Os dois disputaram o 2.º turno presidencial e estão entre as siglas que mais elegeram deputados federais no País. Ambos registraram gastos, sozinhos, que superaram a marca de R$ 1 bilhão – R$ 1,121 bilhão pelo PT e R$ 1,038 bilhão pelo PSDB.

Os Campeões

Os dois partidos que declararam maiores gastos nessa campanha foram PT e PSDB, como já era esperado. Os dois disputaram o 2.º turno presidencial e estão entre as siglas que mais elegeram deputados federais no País. Ambos registraram gastos, sozinhos, que superaram a marca de R$ 1 bilhão – R$ 1,121 bilhão pelo PT e R$ 1,038 bilhão pelo PSDB.

É quase o que custou toda a eleição de dez anos atrás, para se ter uma ideia do crescimento dos gastos de campanha.

Todos os 28 partidos que conseguiram eleger ao menos um deputado federal gastaram mais de R$ 10 milhões. O partido que gastou menos foi o PSOL, que declarou despesas de R$ 12 milhões.

A disputa pelas prefeituras chega a ser relativamente mais cara até mesmo que a Presidência da República. Para se tornar a primeira mulher eleita para o Palácio do Planalto, Dilma Rousseff (PT) gastou R$ 1,15 por cada voto. Na ocasião, o partido dela previu um gasto de R$ 157 milhões e conquistou R$ 47,6 milhões de brasileiros. José Serra (PSDB) aplicou um pouco mais que sua adversária: R$ 1,32, que resultou no voto de 33,1 milhões de eleitores. Já a campanha da terceira colocada na disputa, Marina Silva (PV), teve um custo de R$ 0,66. Ela obteve o voto de 19,6 milhões de brasileiros. Somados os gastos informados pelos três, as eleições presidenciais custaram R$ 427 milhões, um custo de pouco mais de R$ 3 para cada um dos 135,8 milhões de brasileiros aptos a votar na ocasião.

Portanto, ai vai o recado. Seu voto além de caro, pode contribuir para mudarmos essa dura realidade de gastos desenfreados que empobrecem a nação e nos deixam a cada dia mas afastados de uma proposta verdadeiramente democrática, igualitária de direitos e garantias constitucionais.

Antonio Alexandre, Magé|Online.com 

 

 

 

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