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Depois de três tentativas, a sonda da Nasa finalmente foi lançada em direção ao sol.

Sonda que vai ‘tocar o Sol’ deverá registrar nova história a ciência.

A missão da Nasa, a agência espacial americana, em direção ao sol finalmente foi iniciada na madrugada deste domingo, depois de ser adiada três vezes.

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O objetivo da sonda que decolou sem imprevistos nesta madrugada é inédito: a nave Parker Solar Probe (PSP) será o primeiro objeto construído por um humano a “tocar” o Sol.

O “tocar”, aqui e nos cuidadosos comunicados da Nasa, vai sempre entre aspas porque a engenhoca vai, tecnicamente, apenas se aproximar muito da corona solar. Trata-se da parte mais externa da atmosfera do Sol, que começa a 2,1 mil quilômetros da superfície da estrela do Sistema Solar – e não tem um limite preciso. A corona é aquela aura, composta de plasma e com temperatura que chega a 2 milhões de graus Celsius, que a gente consegue ver quando há um eclipse.

Chegará mais perto do Sol do que qualquer outra missão anterior“, diz o astrofísico Adam Szabo, um dos cientistas que integram a missão, em conversa com a BBC News Brasil. De acordo com o cronograma da agência espacial americana, daqui a sete anos, a PSP estará no ponto mais próximo da estrela já alcançado por uma espaçonave terrestre: 6,3 milhões de quilômetros da superfície solar.

Se o número parece grande, é preciso pensar nas escalas astronômicas. A distância entre a Terra e o Sol, por exemplo, é de 150 milhões de quilômetros. Mercúrio, o planeta mais próximo do Sol, está a 58 milhões de quilômetros do astro. A atual recordista, a nave Helios 2, chegou, em 1976, a 43,5 milhões de quilômetros do Sol.

Com os dados obtidos pela PSP, os pesquisadores querem conseguir compreender melhor a origem do vento solar – em termos práticos, essa informação pode ajudar a proteger o funcionamento dos nossos satélites artificiais, tão afetados por tais fenômenos. Vento solar é o nome que se dá para o fluxo de partículas com carga elétrica, como prótons, elétrons e íons, que o Sol irradia pelo Sistema Solar.

Os cientistas também querem entender por que a corona, mesmo mais distante do núcleo solar, é tão mais quente do que a superfície – 2 milhões de graus Celsius, contra uma variação de 3,7 mil a 6,2 mil graus.

A PSP ainda deve trazer avanços à astrofísica. Com uma observação tão próxima do Sol, deseja-se obter dados que ajudem a compreender melhor como as estrelas funcionam.

São três as questões que a missão deve responder.

1- Por que a corona é significativamente mais quente do que a superfície do Sol.

2- Por que o vento solar se afasta do sol a velocidades supersônicas.

3- Como as partículas energéticas do sol se aceleram à velocidade próxima à da luz”, pontua.

O nome da nave

A Parker Solar Probe recebeu esse nome em homenagem ao astrofísico americano Eugene Parker, hoje com 91 anos. Ele foi o primeiro cientista a prever a existência do vento solar.

Em 1958, ele apresentou uma teoria mostrando como as altas temperaturas da corona solar acabavam disseminando partículas energéticas, formando o fenômeno, depois comprovado.


Fonte: BBC Brasil 

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