Líderes comandam grupo de dentro de penitenciárias estaduais e federal.
A Polícia Civil e o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado do RJ (MP-RJ) desencadearam, na manhã desta quarta-feira (8), uma operação para combater o tráfico de drogas no Morro do Cavalão, em Icaraí, na Zona Sul de Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Os agentes buscam prender 84 pessoas acusadas de tráfico de drogas.
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Agentes de diversas delegacias participam da ação. As equipes saíram da Cidade da Polícia, no Jacaré, na Zona Norte do Rio, por volta das 6h. Dois helicópteros dão apoio à ação.

Os policiais também buscam apreender armas, munições e drogas além de outros itens que comprovem a movimentação criminosa do grupo que atua na região.
Líderes presos
A organização criminosa do Morro do Cavalão é apontada como complexa e bem organizada. O líder do grupo seria Reinaldo Medeiros Ignácio, conhecido como “Kadá”, que atualmente está preso na penitenciária de segurança máxima de Mossoró, no Rio Grande do Norte (RN). De acordo com as investigações, de lá ele comanda o grupo em Niterói.
Além de Kadá, outros líderes estão custodiados em outros presídios do estado do Rio de Janeiro e continuariam a trabalhar para os criminosos de dentro da prisão por meio do uso de telefones celulares. Eles também recebem drogas dentro das celas e as revendem.
Alto rendimento
O lucro da organização que atua no Morro do Cavalão gira em torno dos R$ 150 mil por semana. Em alguns períodos, o lucro chegou a R$ 800 mil por mês.
As investigações apontaram que o grupo criminoso é capaz da compra e comercialização de grandes montantes de entorpecentes, chegando a receber 50 quilos de uma só vez.

Ligação com a política
Mensagens interceptadas pelos investigadores mostraram que há envolvimento de um político com os traficantes. Segundo as investigações, nas eleições de 2016 houve uma negociação para a compra de votos.
Um candidato pagou dinheiro em espécie para receber os votos dos moradores da área.
Até 7h, não há informações sobre o número de prisões e apreensões realizadas.
Fonte: Portal G1
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