Homem confessou à PRF que droga vinda da Venezuela seria revendida para turistas em Búzios.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu em Armação dos Búzios, na Região dos Lagos do Rio, um homem suspeito de envolvimento com o tráfico internacional de drogas. De acordo com os policiais, o homem de 36 anos foi preso no domingo (15) quando estava saindo de uma pousada. Ele foi levado para a Polícia Federal (PF), na Praça Mauá, no Centro do Rio de Janeiro.
A prisão foi divulgada na manhã deste sábado (21) pela PRF, no mesmo dia em que a Polícia Federal deflagrou a “Operação Farsa” em Boa Vista e Mucajaí, cidade ao Sul de Roraima, que tenta desarticular quadrilha de tráfico internacional de entorpecentes. Segundo a PRF, o homem preso em Búzios confessou que esperava, no início do mês, pela droga skunk em um hotel de Boa Vista, onde um policial rodoviário federal, que também estava hospedado, acabou sendo morto.
O homem disse ainda à PRF que a droga vinda da Venezuela seria revendida para turistas em Búzios e que não conhecia o policial rodoviário morto no hotel. 19 quilos de skunk foram apreendidos na noite do dia 7 de abril pela Polícia Civil. A PRF explica que o skunk é uma droga mais potente que a maconha, sendo ambas retiradas da espécie cannabis sativa.
Segundo a PRF, o homem preso em Búzios estava foragido da Justiça e seria o responsável pelo transporte da droga vinda de países vizinhos até o Rio de Janeiro. Ele, ainda de acordo com a PRF, possuía um mandado de prisão pelos crimes de tráfico de entorpecentes e associação ao tráfico, tendo a ordem de prisão preventiva sido expedida pela Justiça Estadual de Roraima.
O homem havia sido preso no ano passado em Mato Grosso do Sul. Além disso, também ficou cinco anos preso na Espanha. Em ambos os casos, foi acusado por tráfico de entorpecentes.
Morte do policial
A Polícia Federal deflagrou a Operação Farsa na manhã deste sábado (21), em Roraima, para elucidar o assassinato do policial rodoviário federal e desarticular a quadrilha de tráfico internacional de drogas. A ação foi desencadeada com a cooperação da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Ministério Público e Tribunal de Justiça do Estado de Roraima.
Ao longo das investigações, foram expedidos oito mandados de busca e apreensão, além de seis mandados de prisão temporária.
Foram apurados diversos indícios de flagrante forjado, simulação e manipulação de provas. Nove investigados, sendo cinco deles policiais civis de Roraima, incluindo o delegado responsável pela ação que matou o PRF, são suspeitos dos crimes de tráfico de entorpecentes, organização criminosa, obstrução de justiça, tortura, fraude processual e homicídio.
Crime solucionado?
Não houve divulgação de imagens dos policiais presos pela Polícia Federal.
A Polícia Civil, na ocasião, informou que policiais civis estariam monitorando a quadrilha no hotel em Boa Vista e que o policial rodoviário federal hospedado no mesmo hotel foi morto ao reagir a abordagem da polícia, que resultou em uma prisão. O policial morto chegou a ser acusado pelos policiais civis de envolvimento no caso, como sendo o responsável por escoltava a droga. Entretanto, investigações da Polícia Federal afastaram qualquer hipótese de envolvimento do PRF com os traficantes, segundo a PF.
Não há registros para onde foi levado o suspeito preso na cidade de Búzios no Estado do Rio de Janeiro, depois de apresentado na sede da PF na capital carioca.
Fonte: Portal G1