Em intervalo de quatro horas Rio tem segunda-feira violenta com três mortos e pelo menos quatro feridos

Em duas das troca de tiros, bandidos praticavam roubos quando foram surpreendidos pela polícia.

Desde o fim da madrugada desta segunda-feira já foram registrados três tiroteios no Rio, dois na Zona Norte e um no Centro do Rio, deixando três mortos e pelo menos quatro feridos. Em dois deles, bandidos praticavam roubos quando foram surpreendidos pela polícia. O intervalo entre os crimes é de menos de quatro horas.

No Centro do Rio, um tiroteio em plena Avenida Presidente Vargas, uma das vias mais movimentas na hora do rush, assustou quem passava por volta das 8h30. Bandidos roubaram uma loja da Claro, perto da Avenida Passos. Na fuga houve confronto e o inspetor da Real Auto Ônibus Luís Carlos Pereira Viana, de 60 anos, foi baleado e a acabou morto. Uma passageira que estava no ponto de ônibus também foi ferida, além de um segurança da loja roubada.

“Ele conversava comigo sobre violência, mas a preocupação era com assaltos. Nunca imaginamos que pudesse ter troca de tiros em plena Central do Brasil”, lamentou Luiz Célio da Silva Filho, sobrinho da vítima, que deixa mulher e dois filhos, que são de Sapucaia.

 
 No Engenho de Dentro, a troca de tiros entre bandidos e policiais do 3º BPM (Méier) terminou com dois suspeitos mortos e um subtenente da PM ferido a tiro, na manhã desta segunda-feira. O confronto após tentativa de assalto deixou apavorados moradores e quem passava pela Rua Piauí, pouco antes das 6h.

Comerciantes e moradores reclamam da falta de segurança na região. O dono de um estabelecimento, que teve a porta alvejada por disparos, desabafou: “Teve aumento no nosso IPTU, que está muito caro, e não temos segurança. Se a loja estivesse aberta, com certeza, teria vítima”, disse um comerciante, que preferiu não se identificar. A violência ainda mudou a rotina dos moradores. Alguns que saíam de manhã para praticar exercícios no entorno do Estádio do Engenhão desistiram.

Fernando Silva, de 66 anos, é dono de uma loja de gesso que foi atingida pelos disparos. O proprietário conta que a porta da casa de materiais de construção ficou com 16 marcas de bala. Segundo ele, os assaltos são constantes na região. “Todo dia tem arrastão nessa rua. Eu mesmo já fui roubado outras vezes. Tem oito meses que minha loja foi arrombada”, disse Fernando.


Um terceiro tiroteio foi registrado na Rua do Bispo, no Rio Comprido, por volta das 9h30. Policiais da UPP Prazeres e criminosos entraram em confronto e uma pessoa acabou ferida. Segundo o comando da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Prazeres, os PMs passavam pela Rua do Bispo quando viram criminosos armados em dois veículos roubados.

Os bandidos atiraram contra os PMs e houve confronto. Uma pessoa que passava pelo local ficou ferida e foi levada inicialmente para o Hospital Casa de Portugal, mas depois foi transferida para o Hospital Souza Aguiar, no Centro. Ela ainda não foi identificada.

Luís Carlos se dividia entre Sapucaia e o Rio. Ele trabalhava no ponto final de ônibus na Leopoldina, e havia sido transferido há cerca de dois meses para o terminal da Central do Brasil. A irmã da vítima está a base de calmantes e o avô, de 80 anos, ainda não foi informado da morte.

Aparecida dos Santos, 46 anos, tinha acabado de desembarcar no ponto de ônibus e seguia para o trabalho, na Praça da República, quando foi atingida por um dos tiros. “Foi horrível. Escutei os tiros e tentei correr, foi quando percebi que meu pé estava sangrando, pois havia sido atingida. Uma pessoa que passava pelo local me ajudou. Fui trazida ao hospital pelos agentes do Centro Presente”, comentou a vítima, que é mãe de três filhos e mora no Santa Marta. “Um dos meus filhos meu ligou chorando. Foi horrível. A gente nunca acha que isso pode acontecer”, disse.


Fonte: Jornal O Dia

 

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