Laudo aponta urânio e manganês acima do limite permitido em água de poço na Serra do RJ

Especialista afirmou apenas que é um elemento radioativo e com graves consequências à saúde humana.

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O resultado do exame feito na água do poço artesiano, interditado há 15 dias, em São José do Vale do Rio Preto, na Região Serrana do Rio, aponta que a quantidade de urânio e manganês encontrados na água ultrapassa os limites máximos permitidos pelo Ministério da Saúde.

O laudo emitido pelo laboratório Hidroquímica foi divulgado nesta terça-feira (31) no site oficial da Prefeitura. Ao todo, 1.500 pessoas dos bairros Boa Vista e Valverde, da Rua Odete Freire e de parte do Novo Centro são afetadas pelo problema.

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O resultado aponta grande quantidade de urânio em miligramas por litro. O total encontrado foi de 0,98571 e o limite permitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 0,03. Já o manganês registrou 1,710026 mg/l, quando o máximo possível em uma amostra é de 0,1.

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A interdição aconteceu no dia 18 do mês passado. Segundo a Prefeitura, o poço de 112 metros de profundidade está operando há um ano e dois meses na Estrada da Cachoeira, região central de São José. Desde então, os moradores foram orientados a lavar as caixas para receber a água remanejada de um manancial.

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A Defesa Civil estadual e o Corpo de Bombeiros permanecem apoiando o município nas ações para suprir as necessidades hídricas da população. Um tanque rebocável, com capacidade para 30 mil litros, está empenhado no transporte de água entre os reservatórios da cidade.

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O prefeito do município, Gilberto Esteves, informou que está “acionando a comissão de estudo nuclear de Angra dos Reis, por orientação estadual”. Segundo ele, o assunto deixou de ser municipal. “A nós compete fornecer outra água às três comunidades, o que já estamos fazendo desde o dia 19”, afirmou.

Ainda de acordo com informações de Gilberto, o urânio e o manganês “são substâncias naturais encontradas em todas as águas, até na mineral, porém, em níveis estabelecidos por uma portaria ministerial de número 2914. E estes dois elementos, numa relação de mais de 20 componentes, aparecem na análise com índices acima”.

O prefeito também informou que, por orientação da Vigilância Sanitária Estadual, no sábado (28), foi feito um questionário com 1.509 moradores que receberam a água contaminada por um ano. As respostas, segundo ele, serão analisadas.

A reportagem entrou em contato com o prefeito de São José e aguarda um posicionamento sobre as possíveis causas para o índice elevado dessas substâncias. A reportagem também questionou sobre os problemas que o consumo desta água podem causar aos moradores.
Especialista fala sobre substâncias

Peterson Nogueira, técnico químico em uma empresa de Nova Friburgo, também na Serra do Rio, conversou  sobre o que essas substâncias acima dos limites podem provocar ao organismo.

“O manganês é um elemento mais comum presente na água, está ligado ao minério, e costuma ter associação com a presença de ferro na água. Ele é considerado organoléptico (possui propriedades que atuam sobre os sentidos e/ou órgãos), mas não tem uma implicação muito grave à saúde”, explicou.

De acordo com o técnico, o manganês, assim como o ferro, mudam a cor e costumam apresentar odor e gosto na água, deixando-a imprópria para o consumo. Quem toma essas substâncias pode apresentar problemas gastrointestinais, segundo Peterson.

Sobre o urânio, o especialista afirmou apenas que é um elemento radioativo e com graves consequências à saúde humana.

RedetvFonte: G1

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