Policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) local confirmaram a denúncia.

Os bandidos ligados a Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, pivô de uma disputa entre traficantes na Rocinha, utilizam uma gruta na região de mata no alto da favela em São Conrado, na Zona Sul do Rio, para se esconderem do cerco de PMs e equipes das Forças Armadas. A informação é de um morador da comunidade que falou com a condição de não ser identificado. Policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) local confirmaram a denúncia.
— Eles ficam nessa gruta, que já era usada antes, por outros bandidos, como esconderijo. Quando chega a hora do almoço, a gente vê a movimentação do pessoal passando com quentinhas para eles — contou o morador.
Ainda de acordo com o relato, na parte alta da Rocinha já podem ser vistas pichações com a iniciais CV (Comando Vermelho). Segundo investigações, Rogério 157 se aliou à facção criminosa no último sábado. A ideia é conseguir apoio para continuar à frente do tráfico na favela da Zona Sul, após Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, tentar expulsá-lo de lá. Preso desde 2011, Nem é da facção Amigos dos Amigos (ADA).
De acordo com um policial da UPP, a região de mata onde está localizada a gruta fica no final da Rua 1. Segundo ele, PMs do Batalhão de Choque (BPChq) fazem buscas no local para tentar encontrar os bandidos, mas não é simples.
— A dificuldade é que é uma área muito ampla e de difícil acesso — contou o agente.
Além disso, a mata é usada como rota de fuga pelos criminosos, já que dá acesso ao Morro do Vidigal.
Buscas por Rogério 157
O Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PM faz uma operação, nesta quarta-feira, no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio. A ação acontece um dia depois de moradores da comunidade denunciarem a presença de Rogério 157 por lá. O traficante, segundo relato ouvido pela reportagem, teria sido visto na Nova Brasília, que integra o conjunto de favelas.
A PM voltou a atuar, também, na Rocinha. Equipes do Batalhão de Choque (BPChq) estão na comunidade. Já o Batalhão de Ações com Cães (BAC) faz uma operação no Vidigal.
Balanço de denúncias
Desde o dia 16 de setembro — véspera de a Rocinha ser invadida por bandidos ligados a Nem — o Disque-Denúncia (21 2253-1177) recebeu 353 informes sobre a situação na Rocinha. As denúncias são sobre supostas localizações de Rogério 157, de traficantes e também de armas.
Fonte: Jornal Extra
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